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Bairro de Santa Teresa - RJ



Daremos início aos nossos posts dos passeios culturais, narrando nossa ida ao Bairro de Santa Teresa. Um bairro carregado de história, boa gastronomia, muita boemia e com uma vista espetacular para apreciar o Rio de Janeiro lá do alto. Portanto, venha conosco conhecer esta parte da cidade que é uma relíquia e para muitos, o bairro mais charmoso do Rio.

O passeio começa no seu famoso bondinho, que liga o centro do Rio ao bairro de Santa Teresa, que se tornaram uma atração turística da cidade.






Inaugurados em 1896, no período da República Velha, os bondes eram o principal meio de transporte da época. A partir de 1968, os bondes deixaram as ruas do Rio e permaneceram fazendo somente o percurso acima citado. Depois do acidente de agosto de 2011, que matou seis pessoas e deixou mais de 60 feridos, o bonde permaneceu interditado por quatro anos. O sistema voltou a operar com passageiros após a revitalização de toda a malha de trilhos e aquisição de 14 novos bondes, em 2015.

A passagem do bonde pelos Arcos da Lapa é emocionante. É praticamente impossível passar pela Lapa e não notar os arcos e a sua imagem, que é um ícone do centro da cidade.




Porém, nem sempre essa construção foi um ponto turístico. Tudo começou no transporte de água. O Aqueduto da Carioca (como era chamado) foi utilizado por muito tempo, três séculos, abastecendo a população. Os estudos para a instalação do aqueduto começaram no Sec. XVII e somente em 1706 a construção, que contou com braços de escravos e indígenas, foi intensificada. Em 1723, finalmente tomou o formato atual quando o encanamento alcançou a atual Cinelândia e a obra foi prolongada até ao Largo da Carioca, optando-se pelos chamados Arcos Velhos, inspirado no Aqueduto das Águas Livres, de Lisboa.

Veja o mapa das estações do bondinho abaixo:




Informações: o bonde funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h. Sábados, das 10h às 17h. Domingos e feriados, das 11h às 16h30. O passeio custa R$20 ida e volta. Outras informações sobre o transporte de bondinho, como gratuidades e horários, você pode encontrar no site abaixo:


Santa Teresa recebeu esse nome devido ao Convento Carmelo de Santa Teresa, destinado a abrigar as freiras da ordem das Carmelitas. Fundado no século XVIII no Morro do Desterro, depois chamado Morro de Santa Tereza, o Convento de Carmelitas Descalças foi o primeiro convento feminino na cidade do RJ. Suas religiosas vivem enclausuradas (ainda hoje!), isoladas do mundo exterior, por vontade própria.


‘O famoso bloco de carnaval Carmelitas foi criado em 1990, no bairro de Santa Teresa e os foliões deram o nome de Carmelitas ao bloco e criaram a lenda de que, todo ano, uma freira pula o muro do convento para brincar o carnaval na sexta e volta para a clausura na terça, virando tradição no bloco homens e mulheres vestirem hábitos de freira na cabeça, para que a “fujona” possa brincar em paz, sem ser facilmente reconhecida.’ Site do bloco.


A forma mais fácil de chegar ao bairro de Santa Teresa é usando o metrô. Basta descer na estação Carioca e andar até a Rua Lélio da Gama. Um ponto de referência é a Catedral. Nós fomos de Uber e saltamos próximo a igreja. Aproveitamos para visitá-la.



Após pegar o bondinho, você poderá descer na estação Largo dos Guimarães ou na próxima, Largo do Curvelo. Nesta ultima, você pode visitar o belíssimo Parque das Ruínas e também o Museu Chácara do Céu. Como estava próximo a hora do nosso almoço, aproveitamos para matar um excelente rango na Adega do Pimenta, localizada entre o Largo dos Guimaraes e o do Curvelo. Existem também outras boas opções de restaurante no bairro.



O Parque das Ruínas fica na Rua Murtinho Nobre, 169 e abre de terça a domingo, das 8h às 18h. Depois de um tempo abandonado e saqueado, o palacete que foi construído entre 1898 e 1902 e era local de residência de Laurinda Santos Lobo, dama da sociedade, no século 19, também recebia artistas como Tarsila do Amaral e Villa-Lobos. Começou a ser restaurado em 1993 e foi transformado em um espaço cultural, mantendo parte de seus tijolos aparentes, estruturas metálicas e de vidro. A entrada é gratuita.






Do Parque temos uma vista panorâmica para a Baía de Guanabara e para o centro da cidade, sendo um excelente local para apreciar o Pão de Açúcar, parte da orla e os Arcos da Lapa. Ali acontecem exposições, há programação especial para crianças nos fins-de-semana e funciona também uma cafeteria.




Depois de "babarmos" bastante no visual lá de cima, fomos caminhando para o Museu da Chácara do Céu, que fica bem ao lado. Outra opção para chegar lá é caminhar por uma pequena ponte, no segundo andar do casarão do Parque das Ruínas, que liga à entrada do museu. A entrada custa apenas R$ 6 e ali está a coleção particular do empresário Raymundo Ottoni de Castro Maya, que morava no local, redesenhado em 1954 em linhas modernistas integradas a um jardim, de onde também se avista em 360 graus a Baía de Guanabara.









O Museu Chácara do Céu está aberto a visitações diariamente (menos às terças-feiras), das 12h às 17h – e tem entrada gratuita às quartas-feiras. Fica na Rua Murtinho Nobre, 93.

O museu tem algumas exposições de longa duração e outras que são temporárias, então você pode conferir no site abaixo, antes de fazer a sua visita. Atenção que o museu está fechado temporariamente devido à pandemia do coronavírus.


Os Museus Castro MayaMuseu do Açude, no Alto da Boa Vista e o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa – foram residências de Castro Maya, por ele doados à Fundação que levava seu nome. Criada em 1963 e extinta em 1983, quando ambos os museus foram incorporados ao governo brasileiro, hoje integram o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), do Ministério do Turismo.


Terminamos o nosso tour descendo a pé desde o Parque até a famosa Escadaria Selarón, passando ao lado do Convento das Carmelitas. Seu nome original, na verdade, era Escadaria do Convento de Santa Teresa, porém foi um pintor e ceramista chileno morando no Rio, chamado Jorge Selarón, que tornou o local um ponto turístico. Selarón iniciou sozinho a obra em 1994 e seis anos após concluiu os 215 degraus e 125 metros da escadaria, com dinheiro obtido pela ajuda de moradores e venda de seus quadros.

Ele contou também com participação internacional, chegando a ter mais de 2.000 azulejos de outros 60 países. Em 2005, a escadaria foi tombada pela prefeitura e o artista recebeu o título de cidadão honorário do Rio de Janeiro.




Concluímos assim esse delicioso passeio pelo charmoso bairro de Santa Teresa.








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