Novembro de 2019 e já estávamos na estrada novamente. Desta vez escolhemos mais um destino na América do Sul, a Colômbia. Aproveitamos um pacote da Decolar.com, no qual poderíamos optar somente por dois locais, porém com a passagem de avião (ida e volta) para o primeiro destino. Sendo assim, escolhemos Cartagena e San Andres. Deixamos a capital, Bogotá, para uma próxima viagem.
Partimos na segunda-feira, dia 04 de novembro de 2019, do aeroporto do Galeão às 06:25h, num voo da Avianca chegando em Bogotá às 11:05h. Lá o tempo de espera foi de 01:30 h. Trocamos de avião e pousamos em Cartagena às 14 h.
De Uber fomos até o hotel Kartaxa. O melhor dele é a sua localização. Muito boa, pois fica dentro da Cidade Murada e com vista para o mar. Do hotel se faz tudo a pé. O quarto é excelente! Nunca havíamos visto um quarto tão grande. Pena que não possuía frigobar. O atendimento do staff foi excepcional. O café da manhã era muito bom, só não tinha bolos. Cartagena é uma cidade portuária com quase 1 milhão de habitantes. Parte dela fica dentro da murada Cidade Antiga, fundada no século XVI. Nem visitamos a parte moderna da cidade, que é cheia de edifícios.
Como já dissemos anteriormente, do hotel o melhor que se faz é caminhar pela Cidade Murada, sem destino, somente apreciando as casas antigas com suas varandas hiper floridas. Por lá também se situam os melhores hotéis, bares e restaurantes. Basicamente a Cidade Murada resume-se a prestar serviço aos turistas, além de contar com lojas variadas, principalmente as de artesanato. Lemos que a prefeitura premia todos os anos a melhor sacada, com isenção de impostos. Por isso, o pessoal capricha para receber o prêmio. Vejam um exemplo:
No final da tarde do primeiro dia, visitamos um shopping recém construído, situado na parte sul da Cidade Murada, cerca de 300 m do nosso hotel.
Havíamos lido que as praias da cidade eram "meia-boca" e que o melhor era pegar uma praia nas Islas de Rosário. Confirmamos essa sugestão ao encontrarmos conterrâneos do Brasil, na piscina do hotel. Ressaltaram para não deixarmos de visitar Bora Bora no complexo das Islas. Atenção que tem uma praia homônima bem famosa na Polinésia Francesa, rsrs...
‘As Islas del Rosario, também conhecidas como Corales Islas del Rosario, são um arquipélago localizado na costa da Colômbia, a aproximadamente 100 quilômetros de Cartagena. É um dos 46 Parques Nacionais Naturais da Colômbia.’ Extraído do Wikipédia.
Compramos o passeio para Bora Bora pelo próprio hotel e o taxi nos buscou cedinho na portaria. Nossa dica é pegar o passeio para o dia inteiro com mais tempo para desfrutar do lugar. A lancha demora cerca de uma hora até Bora Bora. O lugar e o receptivo são bem animados, contando com músicas eletrônicas (entre outras) e com um bar que serve bebidas variadas. O drink cor de rosa de boas-vindas estava delicioso. O local é cheio de tendas brancas cobrindo as espreguiçadeiras de casal, todas enfileiradas, tornando o resort ainda mais bacana. Destaque para a cor da água, bem verdinha, quente e transparente. O almoço incluso no pacote é bom. Único senão é a volta da lancha, desgastante, pois o mar bate um bocado, já que o vento aumenta ao final da tarde.
A visita ao castelo de San Felipe de Barajas é imperdível. Foi a maior obra militar construída pelos espanhóis nas Américas. Fica fora da Cidade Murada e a melhor maneira de chegar até lá é pedir um Uber ou pegar um táxi. Como situava-se a menos de dois km do hotel e não estava muito calor, cerca de 30 graus, fomos a pé mesmo e valeu a pena. Foi uma caminhada tranquila.
O castelo é bem imponente! Sugerimos dar uma parada na estação número 4 do tour e curtir o áudio visual que resume bem a história do castelo. Os tuneis são uma atração a parte.
Na volta do castelo aproveitamos e fomos conhecer Getsemaní, bairro vizinho à Cidade Murada. É um dos bairros mais populares de Cartagena. Já foi um dos lugares mais perigosos da cidade, mas hoje é um lugar vibrante e o preferido pela maioria dos mochileiros e jovens que visitam a cidade. O bairro é repleto de hostels, normalmente bem mais baratos do que os localizados no interior da Cidade Murada. As casas do bairro são bem coloridas e várias tem a fachada pintada com grafite.
Reservamos três dias inteiros em Cartagena e em um deles fomos passear pelos pontos turísticos dentro da Cidade Murada. A entrada principal do muro fica onde hoje está localizada a Torre del Reloj. No passado, o local era onde ficava uma ponte que ligava a cidade histórica ao hoje bairro de Getsemaní. A Torre do Relógio só veio a existir no século XVIII.
Outra atração é a praça de Bolívar, uma das praças mais importantes de Cartagena. Hoje é um dos locais mais arborizados da cidade, onde todos os dias ocorrem apresentações culturais, principalmente de danças caribenhas.
Na praça localiza-se o Palácio de La Inquisición, hoje Museu Histórico de Cartagena. Foi a principal sede da Inquisição Espanhola das Américas, que começou no século XVIII. Hoje ele conta a história da introdução da inquisição, assim como as condenações e execuções, além de contar a história da própria cidade. O museu possui alguns equipamentos de tortura pelos quais os acusados eram submetidos, assim como descrições das práticas feitas pelos inquisidores.
Continuando o passeio, nas fotos clássicas de Cartagena sempre está lá, ao fundo, a Catedral de Santa Catalina de Alejandría. Foi finalizada em 1612.
Outra foto clássica é com as vendedoras de frutas:
Para finalizar o dia fomos curtir o pôr do sol em um bar/restaurante ao ar livre, o Café del Mar. Ele fica em cima da muralha da cidade, com vistas para o Mar do Caribe. Como nosso hotel ficava na parte sudoeste da Cidade Murada fizemos o passeio andando até o bar, curtindo o lado oeste do muro. É permitido caminhar em cima do mesmo.
Em se tratando de comida, alguns pratos típicos da Colômbia não podem ficar de fora do cardápio. Segue um site com as principais pratos:
Experimentamos alguns, tais como as arepas, que é um verdadeiro ícone da comida típica colombiana. Ao mesmo tempo, são extremamente simples: um bolinho de formato achatado, preparado à base de farinha de milho. São vendidas principalmente em barraquinhas de rua. Podem ser consumidas puras ou com algum recheio, tais como, queijo, carne, ovos e guacamole. Outras duas comidas que praticamente acompanham todos os principais pratos são o arroz de côco e as patacones. Esta última consiste de uma fatia de banana da terra verde frita. O arroz de côco nós gostamos, mas das patacones, nem tanto. Já a bebida mais típica é a limonada de côco. Deliciosa! É uma mistura simples de côco, limão, gelo e açúcar, tornando-se uma bebida cremosa com um gosto todo especial. Em Cartagena recomendamos o restaurante Mardeleva, que havia sido sugestão de um amigo. Peça uma entrada, pois os pratos demoram muito a chegar. Os camarões VG que se chamam lagostines por lá, são servidos com cabeça e rabo, portanto não gostamos deste prato. O preço é justo e o ambiente muito bem decorado com características marítimas. Outra dica que passamos aos leitores é o restaurante Conde. Bom, bonito e barato. Recomendamos com empenho, pois o atendimento e´ excelente, a comida muito saborosa e os preços baratos se comparados ao Brasil. Comemos pratos de 35 mil Cop (pesos colombianos), cerca de 40 reais. Além de ser um lugar bem hermoso.
No dia 08 de novembro, rumamos para Isla San Andrés! No vôo LATAM Airlines, 4232, saída às 11:54h de Cartagena para San Andrés, pedi uma coca-cola cujo preço era de 6 mil cop (em torno de sete reais), entretanto me cobraram 303,42 reais. Só reparei quando vi a fatura do meu cartão de crédito, posteriormente. Reclamei e a LATAM demorou cerca de 40 dias para estornar o valor incorretamente cobrado. Demais, não é?
Chegamos na ilha às 14:20h. Nos hospedamos no Portobelo Plaza de Las Américas, situado a duas quadras da praia. Muito bem localizado. O Hotel é novo e super limpo. O quarto é muito bom. O chuveiro é excelente e com água quente. Lemos que muitos hotéis da ilha não possuem esta comodidade. O café da manhã é fraco para um hotel 4 estrelas, mas tem o basicão. Problemas:
-Chegamos no hotel as 15 h para realizar o check-in ( que era exatamente o horário para tal ), mas... não chegue nem um minuto antes, pois você terá de esperar até lá, ou um pouco mais, como nós. Recebemos o quarto as 15:15h após reclamarmos bastante!
-Nos quartos e no restaurante, os aparelhos de ar condicionado são instalados no teto; então, se ficar bem embaixo do AC, prepare-se para o frio. A academia do hotel é ok.
Programamos três dias completos na Ilha. ‘San Andrés é uma ilha colombiana no mar do Caribe, ao largo da costa da Nicarágua. É conhecida pelos recifes de coral e pela música reggae. Na ilha fica a animada praia de Spratt Bight repleta de palmeiras. Ao largo da costa, encontra-se o Parque Johnny Cay, uma pequena ilha com coqueiros e praias de areia branca.’ Wikipedia.
Isso mesmo, a ilha pertence à Colômbia, porém fica bem perto da Nicarágua. San Andrés e Providencia (outra ilha próxima) foram inicialmente colonizados pela Inglaterra. “No século 18, depois de algumas tentativas, a Espanha tomou o arquipélago dos ingleses. Inicialmente San Andrés e Providencia foram dados à capitania da Guatemala. A população, porém, pediu para passar ao território do vice-reino de Nueva Granada (que abrangia os territórios atuais de Equador, Venezuela, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua). No início do século 19, Nueva Granada declarou sua independência como Gran Colombia. San Andrés e Providencia logo foram incorporados ao novo país. Com o tempo, a Gran Colombia se desmembrou nos países atuais, mas a Colômbia manteve a soberania sobre o arquipélago.” Internet.
Gostamos muito de San Andrés! Entre as vantagens, aqui você encontra os passeios mais baratos do Caribe, às vezes até mais em conta que os do nordeste brasileiro. A razão é que a ilha está fora do circuito dos americanos e europeus pelo Caribe. Seu público é basicamente de latino-americanos, tais como, colombianos, chilenos, argentinos, peruanos, panamenhos e nós, brasileiros. Outra enorme vantagem é a água do mar. Belíssima e morninha. Claro que tem defeitos. Notamos o excesso de lotação nas chamadas atrações turísticas. Não há limite de visitantes para o Parque Johnny Cay e o transporte é bem desorganizado.
Para visitar San Andrés e Providencia é preciso comprar uma taxa de turismo válida por toda a sua permanência. Paga-se no momento do check-in do voo para lá. Custou em torno de 100 mil pesos colombianos por pessoa.
Um dos passeios super recomendados é o tour ao redor da Ilha. Para fazê-lo, uma das opções é alugar um carrinho de golfe, que são movidos a gasolina, ou então alugar bicicletas. Nossa sugestão é o carrinho, a não ser que esteja disposto a pedalar cerca de 36 km. Os veículos custam a partir de 100 mil cop, por 8 horas. Uma boa dica que recebemos para esse aluguel foi a da empresa Esmeralda Rent a Car.
Começamos o nosso passeio pelo lado leste da ilha. A primeira parada foi a praia Rocky Kay (vide mapa abaixo). Mesmo nome da ilhota em frente, aonde se chega caminhando na maré baixa. Entretanto, não demos sorte com a maré, por isso não fomos até a ilhota. Tomamos somente uma limonada de côco na praia e partimos para a próxima praia.
Paramos no restaurante Francesca, FOTO ABAIXO, onde aproveitamos para dar uma caída no mar. Logo a seguir, almoçamos por lá mesmo. As mesas e cadeiras ficam com os pés na areia e os pratos, basicamente frutos do mar, são preparados à moda caribenha. Como está sempre lotado, não esqueça de reservar. (Playa Sound Bay, San Luis, reservas pelo WhatsApp +57 315 7701315).
No caminho para o sul, encontramos uma piscina natural estupenda. Alguns recifes formavam uma barreira e ali ficamos um tempão naquela água cristalina e quentinha.
Continuamos até a ponta da ilha, onde visitamos o Hoyo Soplador, um buraco na pedra que, dependendo do vento e da maré, esguicha a água do mar para cima.
Na parte oeste, paramos na West View. Maravilha de mergulho em uma piscina natural cheia de peixes e corais. Pena que o meu snorkel, fornecido pela Esmeralda, estava furado. Dividimos o outro snorkel para não perdermos o visual embaixo d´água.
Como lemos que a Morgan's Cave era uma armadilha para turista, passamos de passagem...
No dia seguinte realizamos um passeio de barco. Compramos também na Esmeralda o combo Johnny Cay + Acuario + o mergulho com arraias-jamanta e pagamos 50 mil pesos por pessoa. Todas as embarcações saem da cooperativa de barqueiros da praia de Spratt Bight, por isso a concentração de gente é grande! Em 30 minutos você chega em Johnny Cay, normalmente molhado, já que a ilha não tem píer e tanto o embarque quanto o desembarque são na água. Aproveite e dê a volta ao redor da ilha, cerca de meia hora e curta o pequeno paraíso da natureza.
Atenção que alguns trechos têm muitas pedras, então recomenda-se usar uma sapatilha de água. Ao longo do dia, as lanchas não param de chegar e inflacionar à ilha. Praticamente não tem um único lugar que se fique só.
À tarde fomos para o Acuario. Distante 20 minutos de Johnny Cay. O local é um banco de areia onde há duas barreiras de corais paralelas que formam um corredor perfeito para o mergulho de snorkel. A água é rasinha formando uma piscina natural. O mar é o do famoso Caribe, entretanto, o show fica mesmo por conta dos peixes, muito abundantes e de fácil observação. No regresso, ainda tem a parada do barco para avistarmos as arraias e estrelas-do-mar. Uma maravilha!
No último dia de San Andres, apenas curtimos a principal praia da ilha, Spratt Bight. Achamos uma sombra maravilhosa embaixo de um dos inúmeros coqueiros que tem por lá e relaxamos na areia.
Finalizando, como sugestão de restaurantes, nós almoçamos duas vezes no el Peruano. Excelente, por isto até repetimos. Outra dica imperdível da ilha é o restaurante La Regatta. Tem um visual magnânimo, com direito a seu próprio píer. A comida é ótima e o atendimento de primeira. Ressalta-se ao mesmo, o ambiente a noite e o píer, que fazem a diferença. Reservar é essencial:
Regressamos no dia 12 de novembro. Saímos da ilha cerca de meio-dia e pousamos em Cartagena as 14:20h. De lá, a partida foi às17:04 h para Bogotá e chegada às 18:36 h. Esperamos cerca de 02:40h na capital. Decolamos às 21:15h e chegamos no Galeão às 05:30h do dia seguinte.
Mais uma vez curtimos bastante a viagem, pois o que valeu foi a nossa experiência vivida, conhecendo as belezas da natureza colombiana, apreciando a cultura do povo local e principalmente por estarmos nós dois juntos! Que venham mais aventuras!
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