Aproveitando que visitaríamos a minha mãe, fizemos um roteiro de dois atrativos próximos a Curitiba. Como são internacionalmente conhecidos, você poderá embarcar conosco nesta aventura e conhecer um pouco do Parque Vila Velha e da Litorina, badaladíssimo trem que vai até Morretes, capa deste post.
Viajamos no dia 16 de setembro de 2021, saindo do Galeão, voo Gol 2122 das 08h25minh e chegamos em Curitiba às 10:00 h.
“Curitiba é um município brasileiro, capital do estado do Paraná, localizado a 934 metros de altitude no Primeiro Planalto Paranaense. Com 1 963 726 habitantes, é o município mais populoso do estado e da região Sul, além de ser o 8.º do país, segundo o IBGE, estimativa para 2021. Curitiba experimentou diversos planos urbanísticos e legislações que visavam controlar seu crescimento, levando-a ficar famosa pelas suas inovações urbanísticas e pelo cuidado com o meio ambiente. Também conta com elevada posição nos indicadores de educação, a menor taxa de analfabetismo e a melhor qualidade no ensino básico entre as capitais brasileiras. Curitiba é uma palavra de origem Guarani: kur yt yba e quer dizer "grande quantidade de pinheiros, pinheiral", na linguagem dos índios. Nos primórdios da ocupação humana, as terras onde hoje está Curitiba apresentavam grande quantidade de Araucária angustifólia, o pinheiro-do-Paraná.” Wikipédia.
Alugamos um carro ainda no aeroporto e fomos até o bairro do Bacacheri, onde minha mãe reside.
Existe uma lenda sobre a origem do nome desse bairro, que fala sobre um fazendeiro da região, de origem francesa, que perdeu uma de suas vacas e saiu perguntando aos vizinhos sobre sua "baca cherry", numa mistura de português e francês para se referir a sua "vaca querida". Na realidade, Bacacheri vem do nome do rio que passa no bairro e remete à nomenclatura indígena.
Fomos bem agasalhados, pois estava um frio danado em Curitiba e na nossa chegada, a temperatura era de 12 graus. Planejamos os dois passeios citados nas redondezas da cidade. Começamos pelo Parque Vila Velha, distante cerca de 90 km da capital e deixamos a Litorina para o sábado, pois a previsão do tempo era boa, inclusive com sol.
Pegamos a estrada, Rodovia do Café, rumo ao Parque Vila Velha. O Paraná já foi o maior produtor do Brasil desta bebida até que uma forte geada matou a plantação.
“O dia 18 de julho de 1975 não sai da memória de muitos moradores do Paraná, principalmente os que moravam no norte do estado. Uma forte geada naquela madrugada atingiu plantações da região e queimou quase todas as plantações da época. O café, principal produto agrícola do estado na época, foi dizimado.” Internet.
Apesar de ser uma excelente estrada, ela tem um trafego intenso, pois a atual produção agrícola do estado passa por aqui a fim de ser escoada no porto de Paranaguá. O Paraná é o maior produtor nacional de grãos em tonelagem, devido ao cultivo das lavouras de feijão, soja, trigo e milho.
Chegamos ao Parque cerca por volta das 11h, compramos os ingressos no Centro de Visitantes e embarcamos na jardineira, em direção às Furnas e a Lagoa Dourada. Esta última é considerada uma furna assoreada e possui aguas cristalinas. Pena que estava um dia bem nublado, até com chuvas esparsas, logo não teve o reflexo do sol que a deixa dourada.
Dali, fomos conhecer as Furnas. Estas são dolinas, isto é, cavernas verticais. Veja como é interessante o seu processo de formação:
O elevador da foto abaixo estava inoperante e deve ser reformado até meados de 2022, segundo informações do Parque.
Ao regressarmos para o Centro de Visitantes, quase chegando, vimos que o micro-ônibus com destino aos Arenitos ainda estava estacionado e vazio. Até brincamos, "corre lá que ele está saindo"... E não é que o mesmo saiu exatamente às 13h04min, só com o motorista. Ficamos pasmos! Afinal o motorista nos viu chegar!! Reclamamos na bilheteria e nos informaram que ele tinha que cumprir o horário. Então, replicamos que o motorista NÃO estava cumprindo mesmo, já que estava atrasado 4 minutos e pior, viu a jardineira chegando. Custava esperar mais 30 segundos? Como existe uma trilha alternativa para os arenitos, 900 metros, fomos a pé, senão teríamos de esperar o próximo ônibus que sairia somente às 13h30min. Estávamos preocupados com os horários, pois já havíamos comprado o ingresso do Buraco do Padre para às 15h30min e o tempo de deslocamento para lá seria de cerca de 40 minutos.
Passamos por mais dois guias do Parque no caminho e ao sermos perguntados se estava tudo ok, respondíamos que não ficamos nem um pouco satisfeitos com a atitude do motorista. Um deles até nos disse o nome do motorista: Fábio. Nada disso atrapalhou a visita aos Arenitos, uma formação geológica incrível com seus 300 milhões de anos.
“As esculturas naturais formadas no arenito Vila Velha foram nomeados conforme seu aspecto morfológico que lembrava certas figuras reconhecíveis do mundo real. Além da taça outras esculturas são bota, tartaruga, camelo, esfinge, cabeça de índio, etc. Essas formas foram esculpidas por meio da erosão, mas, diferente do que acredita-se no senso comum, não foi por meio de erosão eólica e sim por ação das chuvas, energia solar, mudança de temperatura e de atividades orgânicas. As zonas de fraqueza e descontinuidades da rocha foram responsáveis por compor essas formas tão variadas, sendo elas as falhas, estruturas sedimentares específicas de textura e composição variante, isso faz com que a erosão ocorra com mais intensidade em algumas partes em comparação a outras.” Internet.
Após a famosa Taça, nos dirigimos para o ponto de embarque do ônibus previsto para às 14 h, pertinho dali, a fim de regressarmos para o Centro de Visitantes e de lá pegarmos o carro no estacionamento. Por mais incrível que pareça, a historia do micro-ônibus continuou... Assim que embarcamos, ouvimos um pedido pelo rádio de um dos guias do circuito, para que o motorista (o mesmo Fábio!!) aguardasse 10 minutos por um casal que ainda estava visitando os arenitos. Instantaneamente falei: Sr. Fábio, NÃO podemos aguardar, pois estamos com compromisso agendado para visitar o Buraco do Padre. Imediatamente ele saiu com o ônibus e informou ao guia que regressaria, FORA do cronograma para buscar os visitantes. Agora veja, quando reclamamos ninguém nos ofereceu um circuito de ônibus extra- agenda. Ficamos mais estupefatos do que estávamos. Enviamos uma reclamação ao site do Parque.
Chegamos ao Buraco do Padre às 15h20min e fizemos praticamente uma visita privada naquele horário. O atrativo é também uma Furna que como vimos é uma ocorrência típica dos arenitos da região, fruto das fraturas e falhas originadas pela infiltração da água. A origem do nome se deve a época em que os Padres Jesuítas frequentavam o local em busca de paz e refúgio para as suas religiosidades. Mas o que realmente impressiona no Buraco do Padre é que além de estarmos em uma Furna, na parte de baixo, vemos a água cair em uma cachoeira de cerca de 30 metros de altura. Mais ainda, a água passa pelo meio das rochas e deságua em meio a fenda, não vindo da parte de cima. A segunda parte da visita, consiste em ver o Buraco de um mirante próximo a ele (de cima). Não é uma subida fácil, mas compensa pelo show de imagem. Curta um pouco desta excelente atração turística:
Voltamos para Curitiba, chegamos na hora do “rush” e me chamou bastante a atenção como o tráfego de carros estava intenso, inclusive com as vias rápidas (criadas justamente para facilitar o transito até o centro) estarem agora bem congestionadas e com muitos sinais de trânsito nelas instalados.
No sábado fizemos o passeio de trem, na Litorina. A guia de turismo do nosso vagão informou que este passeio é o segundo mais frequentado no estado do Paraná, atrás apenas das famosas Cataratas de Foz do Iguaçu. Tentamos comprar a passagem no último vagão, Barão do Serro Azul, mas não havia mais disponibilidade, então compramos no vagão Litorina Curitiba. A vantagem do último vagão é que o mesmo possui uma varanda, foto abaixo, onde os passageiros tem uma visão mais completa dos atrativos durante a viagem.
Mas o nosso vagão foi show de bola, já que fomos curtindo o passeio regado a uma boa e gelada cerveja, que constava do pacote. Além disto, estava incluído o café da manhã, o almoço com o prato típico paranaense em Morretes (chama-se Barreado) e o regresso de van pela Estrada da Graciosa.
“A Estrada de Ferro Curitiba Paranaguá é uma ferrovia que liga as cidades de Paranaguá a Curitiba. Projetada em 1870 pelos irmãos André, Antônio e José Rebouças e construída entre 1880 e 1885 por Antônio Ferrucci e João Teixeira Soares, possui 110 quilômetros de trilho com suas mais de 41 pontes e 13 túneis. A construção teve início em cerimônia que contou com a participação de Dom Pedro II. Nove mil trabalhadores foram utilizados, em condições de trabalho desafiadoras - a área era pantanosa, sujeita a alagamentos e não havia estrada para facilitar o transporte. A estrada de ferro, atualmente, encontra-se sob operação da Rumo Logística, com transporte diário de carga e um trem turístico operado pela Serra Verde Express.” Internet.
Compramos o nosso pacote no próprio site da Serra Verde. Aliás, a rota foi eleita pelo The Wall Street Journal como um dos mais interessantes roteiros sobre trilhos no mundo. Fomos conferir e realmente o passeio é um espetáculo! Lembrando que a condição do tempo é primordial para o bom aproveitamento da aventura, pois não recomendamos fazê-lo com o tempo nublado ou com visibilidade baixa.
A primeira parada depois que descemos do trem, em Morretes, foi o Hisgeopar.
"Um parque temático criado em 2018, onde os visitantes podem conhecer a história e a geografia do Estado do Paraná. Um espaço totalmente diferente e encantador; A maquete com réplicas realísticas e bem humoradas da história e do estado, dezenas de bonecos e animais em movimento interagindo com os visitantes, demonstrando todos os ciclos econômicos com muitos detalhes. Com réplicas fieis de engenhos, moinhos, serrarias entre outras. Também é contada a história do trem e da ferrovia Paranaguá – Curitiba com seus maiores destaques, tais como tuneis, a ponte São João e o Viaduto do Carvalho. Na maquete também está presente a barragem de Itaipu Binacional (a maior usina hidrelétrica do mundo) submergindo as Sete Quedas (maior cachoeira em volume de água do mundo)."
Continuamos o passeio em Morretes, que por sinal é uma charmosíssima cidade no litoral do estado. Lembra Parati (RJ), por se tratar de uma cidade histórica, bem preservada e de praticamente uma só rua central, onde ocorre o vai e vem dos turistas.
Dali fomos até Antonina, a 17 km dali e também uma cidade bem pequena. Só que como o porto da cidade foi desativado devido ao assoreamento da Baía, a cidade estagnou e nos decepcionamos com o seu atual estado. Além disso, uma das atrações da cidade é a fábrica de balas de banana, que não visitamos, pois o ônibus pegou um congestionamento grande (segundo a guia) no trajeto para Antonina e não teríamos tempo para a visita. Almoçamos o Barreado em um casarão bem antigo e bonito.
Para terem uma ideia de como o passeio de trem atrai muita gente do Brasil, na nossa mesa havia um casal de São Paulo e outro do Rio Grande do Sul. Somente no dia do passeio, 1.600 passageiros estavam no trem (capacidade máxima). Fora que viemos dividindo a mesa do trem com um casal muito gente boa, Baianos residindo atualmente em Brasília. Minha mulher não gostou muito do barreado. Já eu, como sou fã de farinha, gostei.
“O prato consiste em um ou mais tipos de carne bovina de segunda e magra, temperados com cebola, alho, toucinho de porco, pimenta-do-reino, louro e cominho e cozida até desmanchar. O preparo é misturado à farinha de mandioca (até receber a consistência que dá nome ao prato) e servida com arroz e banana-da-terra fatiada. A carne é cozida entre 10 a 20 horas.” Wikipédia.
O regresso para Curitiba foi pela Graciosa, uma estrada que faz jus ao nome. Foi a primeira ligação entre a capital e o litoral e está muito bem cuidada. Conversando com o pessoal na hora do almoço sobre turismo, nos informaram que a linha de ônibus que faz o “city-tour” em Curitiba está com paradas ilimitadas. Em abril de 2018, de 06 a 08, fizemos este passeio que é
uma ótima maneira de conhecer a cidade.
"Embarque em um dos ônibus double decker da Linha Turismo, linha especial que circula pelos principais pontos turísticos da cidade, entre eles, parques, museus, teatros, mirantes, espaços culturais, centro histórico, bairro gastronômico, memoriais étnicos e o Mercado Municipal. Com a aquisição do cartão-transporte, no valor de R$ 50,00, os embarques são ilimitados em todos os atrativos do percurso pelo período de 24 horas. O visitante poderá assim contemplar e desfrutar do local que escolher, reembarcando no próximo ônibus, disponível a cada 30 minutos. O serviço opera regularmente de terça a domingo, a partir das 9 horas até as 17horas e 30 minutos, com saída inicial na Praça Tiradentes, no centro da cidade. Nos períodos de férias de julho e de dezembro a fevereiro, a Linha Turismo passa a funcionar todos os dias." Internet.
Quando a fizemos em 2018, somente podíamos escolher três ou quatro paradas, não lembro bem. Vamos a elas:
Pegamos o ônibus no cartão postal da cidade, o Parque Jardim Botânico: O atrativo mais visitado de Curitiba. Além da estufa que lembra o antigo Palácio de Cristal de Londres, dos jardins geométricos e do bosque de mata nativa, o lugar abriga o Museu Botânico, com espécies que são referência nacional.
Bosque Alemão: O bosque homenageia os imigrantes alemães e legado da cultura alemã. Uma réplica de uma antiga igreja presbiteriana abriga uma sala de concertos musicais. Outras atrações são: a trilha de João e Maria, que narra o conto dos irmãos Grimm, uma biblioteca infantil, a Torre dos Filósofos, mirante em madeira que permite vista panorâmica da cidade e da Serra do Mar e a Praça da Poesia Germânica, com a reprodução da fachada da Casa Mila, construção germânica do início do século, originalmente localizada no centro da cidade.
Ópera de Arame e Pedreira Paulo Leminski: Com estrutura tubular e teto transparente. A Ópera de Arame é um dos símbolos emblemáticos de Curitiba. Inaugurada em 1992, acolhe todo tipo de espetáculo, do popular ao clássico, e tem capacidade para 1.572 espectadores. Em meio a lagos, vegetação típica e cascatas, faz parte do Parque das Pedreiras juntamente com a Pedreira Paulo Leminski, que desde 1989 é cenário para a encenação da Paixão de Cristo e outros grandes eventos. A Pedreira pode abrigar, ao ar livre, 20.000 pessoas.
Parque Tanguá: Inaugurado em 1996, faz parte do projeto de preservação do Rio Barigui, juntamente com o Parque Tingui e Barigui. Destacam-se no parque duas pedreiras, unidas por um túnel de 45m, que pode ser atravessado a pé por uma passarela sobre a água. Possui pista de cooper, ciclovia, mirante, lanchonete e o Jardim Poty Lazzarotto. Considerado um dos melhores locais para apreciar o pôr do sol em Curitiba.
Nossa última parada foi na Torre Panorâmica: Ela foi inaugurada em 1991 e é suporte da telefonia celular. O mirante de 109,5 metros de altura permite uma visão de 360 graus da cidade e dos contornos da Serra do Mar. No piso, um mapa em relevo indica pontos importantes de Curitiba. O painel de Poty Lazzarotto, por sua vez, mostra o desenvolvimento da capital. Na entrada da Torre está o Museu do Telefone.
Mais alguns lugares incríveis dessa nossa outra viagem, em 2018:
Centro de Curitiba
Catedral de Curitiba
Parque Tanguá
Feirinha do Largo da Ordem
Mesquita Imam Ali ibn Abi Tálib
Restaurante Madalosso
Voltando à nossa mais recente viagem, fomos contemplados com um belíssimo por do sol perto da casa da minha mãe. Acompanhe-nos:
Regressamos no dia 19 de setembro de 2021, saindo do Aeroporto Afonso Pena, no voo Gol 1133 das 09h40min, com conexão em Congonhas, onde pegamos o voo Gol 1010 das 13h20min e chegamos no Santos Dumont às 14:25 h.
Finalizando, espero que tenham gostado deste post tanto quanto eu e minha mulher! Gostamos muito de viajar e curtir bons momentos juntos.
Até a próxima aventura!
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