Dia 11 Out de 2016 (ter) Saímos do Galeão às 20:45h no voo para Fortaleza pela Avianca. e chegamos às 23:30h no Aeroporto Pinto Martins. Fomos de táxi até a praia do Futuro e nos hospedamos no Hotel Vila Galé. Esse hotel já foi 5 estrelas um dia, mas atualmente nem em sonhos. No máximo seria um 3 “stars”. Continua tendo um café da manhã muito bom, porém as instalações necessitam de uma reforma. Os quartos precisam ser renovados, especialmente os colchões e travesseiros.
Dia 12 (qua) De última hora conseguimos duas vagas para dividir entre 4 pessoas no transfer de um veículo 4X4 pela Maracatur Turismo. Um carro desse tipo é necessário para a realização do trecho de areia, que percorre os últimos 20 km da viagem, entre Vila do Preá até Jericocoara. Custou 600 reais. Viu a importância de compartilharmos o valor?
Como combinado o Sr. Delfino, típico nordestino conversador, nos pegou às 9h e fomos buscar nossos companheiros de viagem em Aldeota. De la´ pegamos a estrada e após 4h e meia chegamos na Pousada Espaço Nova Era, onde nos instalamos.
Excelente escolha, pois a sua ótima localização (fica a uma quadra da rua principal de Jeri e a 5 minutos caminhando até a praia), permite acesso rápido a todas as principais atrações da cidade. Além disso, tem um café da manhã muito bom com tudo o que gostamos (pães, queijo, presunto, frutas, cereais, sucos, crepes, tapiocas, iogurte, mel, etc.). Os quartos são em chalés bem espaçosos e limpos, rede na varanda, piscina e uma área verde belíssima. Único inconveniente foi o barulho da obra que perturbou o nosso relaxamento na piscina, depois da volta da praia. Enfim, o custo/benefício deste hotel (275 reais a diária) valeu muito a pena, pois os preços dos hotéis em Jeri, são acima da média.
Saímos para “almojantar” no restaurante Lagosteiro e saboreamos um peixe ao molho de alcaparras delicioso e muito bem servido. Preço honesto. Percebemos que a concorrência é enorme, devido ao grande número de restaurantes na cidade. Caminhamos até a praia e curtimos uma espreguiçadeira na areia admirando uma lua quase cheia. Foi o nosso "bem-vindo a Jeri", cujo charme está nas ruas sem calçamento e iluminação pública. Anda-se pela areia nas ruas que recebem a iluminação apenas do comércio, em geral dos bares e pousadas. A maioria dos trabalhadores mora em Preá ou Jijoca. O nome "Jericoacoara" deriva-se do tupi-guarani yuruco (buraco) + cuara (tartaruga), ou seja, ‘buraco das tartarugas” !
Dia 13 (qui) Dia de curtir a praia. Saímos da pousada pela parte traseira e por sorte conhecemos a igreja da cidade. Copiado da internet: “Em 1963 os moradores deram início à construção da igreja da Santa Luzia, inaugurada no ano seguinte em 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, padroeira do município. A Igreja de Jericoacoara, também conhecida por ‘Nossa Senhora do Rosário de Fátima’ ou ‘Igreja Nossa Senhora da Consolação’ foi erguida com pedras da região pelos próprios moradores. ”
Após a visita à Igreja fomos para a praia e saímos em frente ao local em que se pratica o Windsurfe. Muitos velejadores aproveitando o forte vento, especialmente nesta época do ano. Todo dia venta e muito, com rajadas de até 60 km/h. Ficamos na praia em frente à pousada Capitão Thomaz e infelizmente fui furtado numa ida ao mar para banho. Perdi meus óculos de sol Ray-Ban! Havia deixado ele em cima da mesa aonde estávamos instalados e quando voltamos do mar já não estava mais.
No almoço, comemos uma salada na pousada ao lado.
Uma das atrações imperdíveis na cidade é o por do sol. Copiado da internet: “Situada ao lado da vila de Jericoacoara, virada para o Oeste, a duna do pôr do sol é uma das mais altas e charmosas de todo o Estado do Ceará. Jericoacoara é um dos poucos lugares do Brasil em que permite observar o sol esconder-se no mar. ”
A ideia de comer só uma saladinha no almoço era para poder jantar na rua principal! Boa estratégia, né? Escolhemos o restaurante Leonardo Da Vinci e acertamos na mosca. Excelente o risoto, ainda mais acompanhado de um bom vinho branco. Adoramos!
Dia 14 (sex). Na noite anterior, contratamos um passeio pelo LITORAL LESTE de Jeri, que engloba os principais pontos turísticos da área de preservação: Pedra furada, Árvore da Preguiça, Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul.
Novamente a oferta foi grande, e conseguimos dividir o custo do buggy com duas americanas, que também estavam conhecendo o Ceará. Por falha de comunicação, iniciamos a jornada às 09:30h. Começamos visitando a Pedra Furada, um verdadeiro ícone de Jericoacoara.
Até 1985, a praia era habitada somente por pescadores e era isolada do resto do mundo. Ainda hoje, continua restrita pela dificuldade de se chegar, a não ser como já mencionamos, com veículos de tração. Em 1994, foi eleita pelo jornal The Washington Post como uma das dez mais bonitas do mundo e então foi descoberta pelo turismo. Seguimos o passeio visitando a árvore da preguiça que pela força do vento, tombou a árvore, mas essa não morreu e pelo contrário, criou novas raízes, já deitada. Haja vento!!
Continuamos pela Praia do Preá, paraíso do kites. Nunca havíamos visto tantos juntos! Um show de cores e uma delícia ficarmos vendo aquele "ballet" no mar. Paramos ali, com o nosso guia Gerson para tomarmos uma água de coco e aproveitamos para nos banharmos. A praia nem se compara a de Jeri, mas a água é bem gostosa. De lá rumamos para a Lagoa Azul, que estava seca, em relação à época de chuvas e sem tons de azul. Não paramos nem para fotografia. Não merecia. Seguimos para a Lagoa Paraíso. A infraestrutura do local é perfeita para um relax. Fora que a lagoa faz jus ao nome, Paraíso!
Principalmente pelas redes que ficam dentro da lagoa. Exorbitante é o preço cobrado pelas espreguiçadeiras, 100 reais. Claro que escolhemos as redes.
Comemos isquinhas de peixe e regressamos pelas Dunas. Lembramos bastante do nosso exuberante tracking pelos Lençóis Maranhenses. Chegando ao hotel, curtimos um pouco a piscina. A ideia seria jantar num restaurante japonês. Não demos sorte. O primeiro era caríssimo e o segundo ainda não estava funcionando, já que um colaborador havia faltado. Acabamos comendo uma pizza no restaurante da Taverna. Muito boa opção, além de que a cerveja estava geladíssima e era no esquema de compre uma e ganhe a segunda.
Dia 15 (sab) Seria mais um dia de praia, mas por sorte, lendo uma revista da pousada após o café, vi que o passeio pelo LITORAL OESTE de Jeri era imperdível.
Nesse passeio você pode ver Cavalos Marinhos, conhecer o Mangue Seco, fazer Skibunda e no fim ainda pode descansar nas redes do Lago Grande (Lagoa da Tatajuba, comercialmente). Como não havíamos contratado o buggy antecipadamente, na véspera, decidimos contratar um só para nós. Desta vez o motorista chamava-se Elvis. A primeira parada foi num braço do mar onde vivem os cavalos marinhos. Pagando R$ 10,00 por pessoa para um grupo de pescadores locais, você sai em uma canoa em busca dos mesmos. Interessante que a maioria dos canoeiros tinha olhos claros e eram desdentados. Com pericia, eles movimentavam as canoas apenas com um pedaço de tronco comprido e fino.
O nosso guia não conseguiu localizar nenhum cavalo marinho, porém vimos o de canoas vizinhas. Inclusive o segundo que vimos era macho e estava grávido. Não se assuste, a explicação esta abaixo:
Copiado da internet: “Todas as espécies de cavalos-marinhos estão em perigo de extinção. Uma das causas é a pesca predatória e a destruição de hábitat. Outra causa é a captura frequente deles para serem usados como peça de decoração ou simplesmente serem criados em um aquário. A reprodução se inicia quando os ovos da espécie são transferidos da bolsa incubadora da fêmea para a do macho, no momento do acasalamento . Dois meses mais tarde, os ovos se eclodem e o macho realiza violentas contorções para expelir os filhotes, que estão dentro da bolsa incubadora dele.
Os filhotes, quando nascem, são transparentes e medem menos de um centímetro, mas com variações, dependendo da espécie. Eles sobem logo à superfície para encherem suas bexigas natatórias de ar, para poderem se equilibrar na água ao nadarem. Após nascerem, já são totalmente independentes de seus pais, mesmo sendo frágeis. Um cavalo-marinho macho geralmente gera 100 a 500 filhotes por gestação, dependendo da espécie. Geralmente, quase 97% dos filhotes de cavalos-marinhos são mortos por predadores naturais, que são, geralmente, peixes maiores."
Seguimos então para Camocim onde atravessamos um canal de balsa e chegamos no Mangue Seco.
As fotos abaixo retratam bem a característica das raízes bem para fora da terra. Parada para uma água de coco, metade do valor do Rio.
Rumamos então para o Lago Grande que é vendido no passeio como Lagoa da Tatajuba. Muitas mesas ficam dentro da lagoa:
Assim que chegamos, antes do meio-dia, o garçom trouxe o cardápio. Eram três peixes, três lagostas e uma porção de camarões juntos numa bandeja. E este cardápio rodou muito entre as mesas sob um calor de 30 graus. Eu não arriscaria comer nada desta bandeja. Após alguns banhos na lagoa, regressamos para Jeri, passando pelo skibunda bem próximo da lagoa. Para mim foi uma ótima experiência já que era a primeira vez, mas minha amada esposa nem foi, pois achou a duna pequena...rsrs Ela queria mais adrenalina!
Ao chegarmos, fomos almoçar no restaurante Amélia, quase em frente a pousada. Pedimos um camarão no abacaxi e o mesmo estava uma delícia. Muito farto e saboroso. Olha isso!!
Dia 16 (Dom) Como combinado o motorista Anderson da Maracatur turismo nos pegou às 9h. Dividimos a Toyota com um casal de argentinos e com gostinho de quero mais JERI, voltamos para Fortaleza. Embarcamos no voo das 15:30h e chegamos no Galeão às 19:50h. Curioso que essa foi a segunda vez (primeira foi no Atacama) que me atrapalhei com o despertador e acordamos uma hora mais cedo porque acertei o relógio para o horário de verão, entretanto Fortaleza não fazia parte do fuso. Enfim, adoramos mais uma viagem a dois, cheia de amor, para um dos cartões postais do Brasil e do Mundo.
コメント