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Torres e Parques Nacionais Aparados da Serra e da Serra Geral - RS


Curioso para conhecer os famosos cânions do RS? E de quebra saber que Torres, no RS, possui um circuito de balonismo, além das suas famosas praias? Pois é, em abril de 2014, mais precisamente na Semana Santa viajamos a fim de conhecer este pedaço encantador do Brasil.

Iniciamos a viagem saindo do Rio de Janeiro até Porto Alegre de avião. Lá chegando alugamos um carro e fomos até Torres. São 183 Km (vide mapa).



Em Torres planejamos três pernoites, sendo apenas dois dias completos, um dia para conhecer a cidade e o outro para o passeio de balão. Uma das atrações da cidade é o Parque da Guarita, cartão-postal de Torres.


A praia que faz parte do Parque da Guarita é bem peculiar, já que combina uma enseada e penhascos (parecem torres). O passeio ao parque inclui a subida quase que obrigatória ao topo das torres. A vista do alto é muito bonita.

Aproveitamos também a areia compacta e a imensidão da praia e fizemos uma corridinha na orla.











Descobrimos por acaso que Torres disputa o título de capital nacional do Balonismo.


“O maior festival de balonismo da América Latina está chegando! Atualmente, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei que deve conferir à Torres o título de Capital Nacional do Balonismo. Para quem mora em Torres, é comum ver balões cruzando o céu de janeiro a dezembro. Balões são utilizados ainda como excelentes estratégias de marketing para empresas, com alto retorno para suas marcas pela grande visibilidade do público. Os balões colorem o céu no início das manhãs ou trazem aquela surpresa especial no final de tarde, horários em que as condições do tempo favorecem o voo e que tornam a paisagem da mais bela praia gaúcha ainda mais bela.” Site da prefeitura de Torres.


Daí veio a ideia de passearmos de balão pela primeira vez. E assim fizemos. Contratamos os serviços do Murilo.


"E na competição entre balonistas do festival de Bento Gonçalves de 2020, quem se saiu muito bem foi o piloto torrense Murilo Hoffman, que sagrou-se bicampeão do evento." Jornal de Torres - RS.

https://pt-br.facebook.com/pilotomurilo/

Ele utilizou o seu balão de competição e este possui uma cesta menor. Mas mesmo assim foi um espetáculo! Acompanhamos toda a montagem desde a chegada à área de decolagem e a ansiedade vai tomando conta da gente. Assim que iniciamos a subida ficamos impressionados com a beleza do voo. Nem mesmo o excessivo latido dos cães da cidade devido ao barulho produzido pelo enchimento do balão com o gás, atrapalhou o passeio. Incrível ainda o rasante que demos no rio que corta a cidade! Quase tocamos na agua. De verdade! (Filmagem abaixo).

Pousamos cerca de 50 minutos após decolarmos, numa estrada. A equipe de resgate estava nos esperando e interditou a via para o pouso. Para celebrar o feito, ainda comemoramos brindando um champanhe patrocinado pelo Murilo. Foi sensacional!














Uma dica de restaurante em Torres é o Cantinho do Pescador, onde comemos uma sequencia de camarão super deliciosa e bem farta. Localiza-se perto desta ponte abaixo:





A cidade estava decorada para a páscoa, veja que legal:






De Torres seguimos viagem para Praia Grande, já na divisa com Santa Catarina. Cidade, como a placa diz, sede para o maior conjunto de cânions do país. Veja o mapa abaixo:




Hospedamos-nos no hotel Aracema, situado bem perto da entrada da Trilha do Boi.


“A Pousada Aracema conta com uma estrutura completa, com sala de refeições com vista para o Canion Itaimbezinho, Sala de lareira e estar, Sala de TV (programação SKY), sala de leitura e chás, áreas de caminhadas ao ar livre, jardim interno inspirado na paisagem da região, além de 10 de apartamentos finamente decorados com temas florais. Temos duas opções de acomodações Standard e Especial.” Site da Pousada.


Gostamos muito dela, principalmente pela excelente localização e pelo farto café da manhã.



Nosso quarto:


Fizemos uma trilha curtinha no dia da chegada, próxima ao hotel.

No dia seguinte encontramos com o Joel, que seria nosso guia para a trilha do rio do Boi, dentro do cânion Itaimbezinho.

Em uma palavra descreveria a trilha como fenomenal! Uma experiência que vale para a vida toda! São inúmeras visões típicas de cartões postais. Em toda a trilha a gente não para de olhar para os cânions e suas belezas. Cachoeiras que escorregam pelos paredões formam um espetáculo natural incrível. E o rio é de uma clareza transparente! O Cânion do Itaimbezinho é de arrepiar!!!!


Itai-imbé é o nome indígena para pedra cortada. Vendo as fotos abaixo dá para entender o porquê do nome. Esta trilha necessita a contratação de um guia e o nosso foi excelente. Muito bem preparado e bem informado sobre a região.

Foram 22 vezes (contadas pelo guia, é logico) que nós cruzamos o Rio do Boi. Sabe a origem do nome da trilha? O guia nos contou que teve uma época que era comum encontrar carcaças de bois que despencavam dos altos paredões do Cânion do Itaimbezinho.


A beleza é tamanha que a gente nem cansa ao percorrer aprox. 13km de caminhada no total (6,5km para ir e o mesmo para voltar). Antes de iniciarmos a trilha recebemos caneleiras para evitar picadas de cobra e aranhas. O Joel até nos mostrou algumas aranhas durante a trilha. A primeira meia-hora de caminhada é dentro da floresta. Depois a trilha percorre as margens do rio. As passagens de uma borda para a outra entre as pedras são necessárias para seguir a trilha, sempre com água até o joelho no máximo. Isso mesmo, 11 vezes na ida, 11 vezes na volta. O passeio é delicioso demais e caminhar pelo rio do Boi, dentro dos paredões dos Cânions do Itaimbezinho é surreal! Sem dúvida nenhuma foi uma das melhores trilhas que já fizemos e se houver disputa pela melhor trilha do Brasil, merece estar no Top 5. Veja um pouquinho do que realmente foi, pois as fotos não conseguem captar toda a beleza do local:
























Após a magnifica visão por dentro do Itaimbezinho, subimos a serra com destino a Cambará do Sul, para conhecermos os cânions vistos de cima. A pequena cidade, de aproximadamente 7 mil habitantes é o ponto de partida para o Parque Nacional de Aparados da Serra, também conhecido como Cânion Itaimbezinho e para o Parque Nacional da Serra Geral, comumente chamado de Cânion Fortaleza e Cânion Malacara.


Porque Aparados da Serra? O relevo da região é bastante particular, sendo caracterizado principalmente por desfiladeiros com paredões verticais de até 700 m de altura, onde abruptamente terminam os campos suavemente ondulados do planalto, como se estes tivessem sido "aparados" a faca. Site ICMBio


“O Itaimbezinho é um cânion brasileiro, situado no parque, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil. A parte superior do planalto está localizada no estado do Rio Grande do Sul, sendo que as bordas do cânion são a divisa com o estado Santa Catarina, sendo que os paredões, a Cachoeira das Andorinhas, a Cascata Véu de Noiva e o fundo do vale, onde está localizado o rio do Boi, estão em território catarinense.” Wikipédia.

Pesquisamos e vimos que no Cânion do Itaimbezinho são duas trilhas na parte alta que podem ser feitas no mesmo dia e de fácil acesso: a Trilha do Vértice e a Trilha do Cotovelo. No Cânion Fortaleza as trilhas são todas na parte alta e também são de fácil acesso: Trilha do Mirante e Trilha da Pedra do Segredo.


Planejamos faze-las em dois dias. Não demos sorte no primeiro deles já que o tempo estava bem nublado, mas como não tínhamos tempo disponível na agenda fizemos o passeio mesmo assim.


A trilha do Vértice é plana e leve. Tem 1,5km de extensão, portanto 3 km entre ida e volta. Os mirantes com vista para a Cachoeira das Andorinhas e Cachoeira Véu da Noiva são imponentes e o vértice marca o começo (ou o fundo) do cânion. Como o tempo não ajudou as fotos ficaram comprometidas assim como nossa visão dos cânions. Tivemos uma pequena amostra da beleza dos cânions, e sem duvida ainda merece ser visitado com céu azul.






Já no dia seguinte o cenário nos favoreceu e pudemos curtir bastante o Cânion Fortaleza e as suas trilhas. O Desfiladeiro Fortaleza situa-se no Parque Nacional Serra Geral, no limite dos municípios de Cambará do Sul, no estado do Rio Grande do Sul e Jacinto Machado, no estado de Santa Catarina.


O cânion leva este nome pela configuração de suas paredes, entalhadas verticalmente na rocha e de formas sinuosas ao longo de sua frente, lembrando uma imensa fortaleza que se estende por cerca de 5.800 metros de comprimento, por 2.000 metros de largura e uma profundidade de 800 metros. O ponto culminante na região do cânion está a 1.157 metros de altura e em dias límpidos pode-se avistar a linha da praia e a cidade de Torres. Wikipédia.


As imagens dizem tudo, por si só:


























A passagem por cima da Cachoeira do Tigre Preto, onde se atravessa o Arroio do Segredo, é um espetáculo. Em alguns momentos não tem como não molhar o tênis. Escorreguei na trilha que dá acesso ao Arroio e aqui estou eu lavando-me....rsrs



A Pedra do Segredo fica um pouco depois e ela é intrigante, pois sua base é pequena... então como suporta o seu peso por tanto tempo? Legal mesmo é o caminho ate lá e o visual da cachoeira por onde acabamos de passar. Super valem a pena!




No regresso a Cambará do Sul, planejamos o restaurante mais recomendado da cidade: O Casarão. O preço é bom, o buffet à vontade e a comida muito boa. De lá seguimos para Gramado antes de regressar para o Rio, com ótimas lembranças desta viagem espetacular, curtida a dois com tanto amor... Com incríveis aventuras, a primeira viagem de balão, trilhas e cenários cinematográficos e na melhor companhia!


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