Quer conhecer uma trilha bem fácil e aproveitar para ter uma ótima visão da Lagoa Rodrigo de Freitas? Então dirija-se para o Parque da Catacumba, localizado na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Veja o mapa abaixo:
Parque Natural Municipal da Catacumba
Av. Epitácio Pessoa, 3000 - Lagoa, Rio de Janeiro - RJ, 22471-003
Antes falaremos um pouco sobre a historia do lugar.
Sabia que no lugar do Parque havia uma favela? Pois é, veja nas fotos:
Segundo arquivos da Biblioteca do Serviço Social do Município do Rio de Janeiro, o terreno onde existia a Catacumba foi ocupado por uma chácara durante todo século XIX. Sua antiga proprietária, a Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas, transferiu a posse das terras para os seus escravos.
Mas a explicação do nome Catacumba tem origem indígena: local onde eram enterrados os mortos.
Por volta de 1925, o Estado dividiu a Chácara das Catacumbas em 32 lotes. Os primeiros barracos da futura favela começaram a ser erguidos ainda nos anos 30. Mas a explosão demográfica só aconteceu mesmo na década de 40, com a chegada de uma leva de migrantes vindos, principalmente, do estado do Maranhão.
A Favela da Catacumba foi removida em 1970 pelo antigo governador da Guanabara, Negrão de Lima. No seu lugar foi criado o “Parque Carlos Lacerda”, em homenagem ao seu antecessor.
A inauguração do rebatizado parque da Catacumba foi em 1979, pelo então prefeito Marcos Tamoyo. Depois da remoção da favela, o morro passou por um processo de reflorestamento e a natureza encarregou-se do resto.
A parte baixa do Parque da Catacumba foi muito utilizada para shows e eventos no inicio da sua criação.
O acesso ao Parque Natural Municipal da Catacumba é gratuito e a sua conservação está boa. Próximo ao portão do Parque há uma loja de conveniência e banheiros em boas condições. O parque funciona de terça-feira a domingo das 8h às 17h.
Existe uma empresa no Parque,
que oferece serviços como o arvorismo e a tirolesa.
Logo após a entrada do Parque, também existe uma área com esculturas e jardins bem conservados.
Fotos:
Trilha do Parque da Catacumba
A trilha do Parque da Catacumba tem aproximadamente 600 metros de subida (mapa abaixo) e leva em média 20 minutos até o primeiro mirante.
É MUITO bem sinalizada. Embora seja considerada de nível fácil e propícia para iniciantes é importante salientar que se trata de uma subida, então pode exigir um pouco de condicionamento físico. A trilha passa por uma área recém reflorestada, como vimos, e tem muita sombra. Em uma hora dá para subir, curtir o panorama e descer. Além disso, não tem risco de se perder, é bem segura e não precisa de guia.
Como visto no mapa, a primeira parada é o bambuzal, mirante em que avistamos a lagoa, lado de Ipanema e o mar ao fundo. Veja as fotos do inicio da trilha até o bambuzal:
Além de muito bem sinalizado, o parque conta a história do seu passado como vimos, da sua fauna e da Lagoa por meio de placas informativas:
Mirante do Sacopã
Seguindo a trilha para a esquerda (veja a placa abaixo), chegaremos ao Mirante do Sacopã.
Dali avistaremos o Estádio de Remo da Lagoa, o Jardim Botânico, parte da Lagoa Rodrigo de Freitas, Jockey Clube, o Morro Dois Irmãos, a Pedra da Gávea, o mar próximo da Praia do Leblon e até o Cristo Redentor. Pena que desta ultima vez que visitamos o Parque (2020), o tempo estava nublado:
Mirante do Urubu
A próxima parada, seguindo a placa da saída, é o Mirante do Urubu. Nele, você encontra um deck de madeira que permite curtir toda a paisagem:
Deste mirante avistamos pessoas no cume da Pedra do Maroca, que fica praticamente ao lado de onde estávamos (Foto abaixo):
Pesquisando descobrimos que se trata desta trilha:
“Chamada de “Trilha do Morro dos Cabritos”, trata-se de uma trilha íngreme com duração de cerca de uma hora e meia até chegar a Pedra do Maroca. O passeio é iniciado em Copacabana. De lá, andamos aproximadamente 20 minutos até o início da trilha que fica na Comunidade dos Tabajaras. No ponto mais alto, há uma vegetação exuberante, seu cume fica a 378 metros de altura.” Site Rio Natural
No retorno da trilha, aproveite para descer pelo circuito, seguindo para o lado oposto ao que começou, parando para apreciar os jardins e as esculturas e chegando por fim no portão do Parque.
Aqui abaixo algumas fotos de quando fomos em 2014 (com Sol hehê):
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