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- Jalapão

Blog Trilhas e Milhas H2O - Viagem ao JALAPÃO

1º dia – Sexta-Feira, dia 14/08/2015 Iniciamos nossa viagem decolando do Aeroporto Santos Dumont, RJ, as 10:20 h para Brasília, onde fizemos conexão para Palmas, voando pela TAM. From: BRASILIA J.KUBITSCHEK, 14 Aug 2015 - 15:20 To: PALMAS LYSIAS RODRIGUES Copiei esta conexão acima, pois confundimos o horário de embarque com o de decolagem e pela primeira vez ouvimos nossos nomes do alto falante de um aeroporto. Estávamos ao lado do portão de embarque, sentados tranquilamente batendo altos papos e todos os passageiros deste voo já haviam embarcado, só restando NÓS. Imagina a nossa cara entrando no avião kkk.

A chegada em Palmas foi às 16:40 h e o JOSIVALDO, colaborador da KORUBO, fez o nosso transfer para a Pousada dos Girassóis. Ao todo seríamos 27 turistas. Planejamos fazer este tour pelo Jalapão com a Korubo, pois lemos excelentes recomendações na internet. Outro fator de escolha da agência foi o diferencial da barraca do camping, que explicarei posteriormente.

Por que Jalapão? Hoje a área é mais conhecida pelo "brasuca", mas quando fomos nem tanto. Fomos desbravá-la em busca de mais uma aventura, pois um amigo meu do vôo havia sugerido. Disse-me que quando ele deu apoio ao Rali dos Sertões, conhecera esta região e havia se encantado com a natureza do cerrado, com as cachoeiras e com o fervedouro. Esse último, devido à pressão da água que nasce e emerge, é impossível afundar mesmo sendo empurrado e temos a sensação de realmente levitarmos. Lugar ÚNICO no nosso Brasilzão.


Outra curiosidade é a do nome. Este é inspirado na flora, especificamente na planta Jalapa, de caule verde, raiz em tubérculo e flor e com propriedades medicinais curativas.

Além da Jalapa que dá o nome ao lugar, o Capim Dourado é outra espécie de destaque na região.




Durante o deslocamento percebemos que a Palmas é uma cidade planejada, da mesma forma que Brasília, com dois grandes eixos: Leste x Oeste e Norte x Sul sendo as principais referências. Também assistimos a um belíssimo pôr-do-sol dentro do caminhão que nos levava ao hotel.


Após nos instalarmos fomos à feirinha da quadra 304 Sul. Vimos os famosos artesanatos de capim dourado e lanchamos no local, além de vermos as comidas típicas de Palmas. A Paçoca, por exemplo, é uma farinha com carne seca.



2º dia – Sábado, DIA 15/08/2015 Após o café da manhã no hotel, saímos em direção ao Jalapão.

Outro diferencial da Korubo é o seu meio de transporte:


Este caminhão foi adaptado com bancos bem confortáveis;


Foram 300 Km de Palmas até o Jalapão (incluindo a parada para almoço na cidade de Ponte Alta). Subimos em direção a famosa Serra Geral e fomos nos afastando da civilização. O almoço foi na Pousada do Coelho em Ponte Alta, cidade que é considerada porta de entrada do Jalapão.



De Palmas a Ponte Alta a estrada é asfaltada. Depois, só terra e areia. Em Ponte Alta realizamos a troca do primeiro caminhão, cuja suspensão é mais baixa, por outro mais próprio para a estrada que viria pela frente. Um atrativo da Korubo é colocar os turistas na parte superior do caminhão, onde podemos nos deliciar com a visão e a brisa da viagem.


A primeira Parada foi no Canyon de Suçuapara, local refrescante em meio a aridez do cerrado com suas águas que escorrem por uma fenda entre as rochas. Interessante o lugar e aproveitamos para nos deliciar numa cachoeira que fica dentro do cânion



A chegada no camping foi próxima ao pôr-do-sol e o lugar é realmente um diferencial desta viagem. O acampamento é na beira do Rio Novo, de AGUA POTÁVEL, além de cristalina. As barracas são um luxo para quem se diz acampado. Tem camas individuais e banheiro próprio, com pia e vaso sanitário. A área de banho QUENTE é comunitária.




O rancho e a comida também são acima da média para o local, no meio do deserto do Jalapão, pois sempre tivemos frutas, legume e sucos, além dos pratos tradicionais. TODOS os funcionários, sem exceção, são comprometidos com o serviço e o mesmo é acima da média! Destaque especial para os guias China e Nilvan, que nos acompanharam na maior parte do tempo, o motorista do caminhão Junior e para o cozinheiro Raimundo. Excelentes colaboradores que mantém o serviço da Korubo em elevadíssimo nível de qualidade. Após o jantar permanecemos no refeitório bebendo caipirinha que a Korubo ofereceu de boas- vindas. Fomos dormir completamente BORRACHOS.

3º dia – Domingo, Dia 16/08/2015 Pela manhã, no café, vimos pela primeira vez o pão de queijo FRITO. Da mesma receita que o feito no forno, tão gostoso quanto, porém mais crocante. A vitamina foi de abacate, minha preferida, hum....deliciosa! Concentramos para receber as instruções sobre o uso e a prática da canoagem. A saída foi da prainha do Safari Camp, onde desceremos o Rio Novo, apreciando sua natureza selvagem. Seu fundo de areia forma belíssimas praias nas margens desse rio de águas puras e cristalinas. O nível da canoagem foi menos de um, pois as corredeiras eram bem fraquinhas.






Retornamos para o almoço. Após o mesmo, quando podíamos, aproveitávamos para relaxar no redário do acampamento:



À tarde, às 15 h, saímos para um passeio até as dunas. Formadas por areia de quartzo de coloração dourada. As dunas são cercadas por imensos chapadões. Assistimos ao pôr-do-sol nas dunas. Sensacional e inesquecível!






Na volta, já à noite, o caminhão atolou na estrada de areia. Demorou um pouco mas conseguimos sair, ainda bem! Apesar das distâncias até os locais de atração não serem muito grandes, são muito demoradas por causa das péssimas condições das estradas. Nesse dia celebramos o aniversário do turista Dilmas após o jantar. O bolo foi a sobremesa. Fomos para a barraca número 9 (a nossa) e lá tomamos um vinho para celebrar nosso primeiro camping. Vinho comprado no Palmas Shopping, no dia da chegada, após a feirinha. Que delícia!!! Noite muito especial! 4º dia – Segunda-Feira, Dia 17/08/2015 Após o café, bem cedinho, saímos de caminhão em direção ao Poço do Fervedouro. Na minha opinião o maior atrativo da viagem, por ser único e bem diferente. Trata-se de uma nascente de água cercada por bananeiras e com fundo de areia branca. Devido a pressão da água que nasce, é impossível afundar e temos a sensação de realmente flutuarmos nas suas águas. É pura diversão! (só são permitidas 6 pessoas por vez no fervedouro). A cor da água também é incrível! Cristalina!



De lá fomos para outro fervedouro, na fazenda da própria Korubo. Depois de curtirmos bastante, almoçamos por lá mesmo.



De lá rumamos em direção a Cachoeira da Formiga. Uma pequena queda com sua piscina natural de águas cristalinas, de cor verde esmeralda! Lindíssima! Outra pérola do JALAPÃO! O banho embaixo da cachoeira é INESQUECÍVEL!






Saímos para Mateiros, comunidade ideal para compras de artesanato. É como se fosse a capital do Jalapão. No meio do caminho, (ainda bem que após termos desfrutado muito bem o dia) uma surpresa desagradável. O caminhão quebrou por volta das 16h. O rolamento da roda traseira esquerda esmigalhou-se. Esse foi um inconveniente da viagem, que poderia ter sido evitado, caso houvesse manutenção preventiva do caminhão, na nossa opinião.

O plano B, acionado de improviso, foi que a Korubo alugou umas 4 ou 5 pick-ups em Mateiros e nos levou do local da avaria do caminhão, cerca de 15 km, até Mateiros inicialmente e depois até o local do acampamento. Uma verdadeira aventura!



O problema foi que a parada em Mateiros demorou muuuuuito tempo. Aproveitamos e fomos visitar e fazer compras na Associação Comunitária dos Artesãos e Pequenos Produtores, local de excelentes ofertas de artesanato com o capim dourado. Demos sorte e chegamos no acampamento às 19:30h, enquanto que o resto do pessoal só começou a chegar lá pelas 21:30h. O jantar foi servido às 23h. Tarde, né? De sobremesa, mais bolo. Dessa vez comemorando o aniversário da Silvia, outra turista. 5º dia – Terça-Feira, Dia 18/08/2015 Mais uma vez acordamos bem cedo para o dia da Trilha do Mirante da Serra. Desnecessariamente TODOS foram despertados antes das 6 h. As pick-ups teriam que fazer duas viagens, pois não caberiam todos na primeira leva e seis de nós poderiam ter acordado mais tarde. Enfim... O Mirante é em um local selvagem e possui vista panorâmica da região, de onde pudemos também ter uma noção de como se formam as famosas Dunas do Jalapão, através das forças hídricas e eólicas.



A trilha é pesada. Os três primeiros km são bem "ingredes" (um dia contarei de onde vem essa brincadeira do íngrede kkk....na verdade é íngreme, né?) e nas pedras. O restante, 3 km, já é em cima do Chapadão. O total da caminhada é de 8 km, sendo que o desnível até o topo é de 800m. Mas vale super a pena! No caminho vimos a Jalapa, planta que dá o nome ao local, como mencionamos acima. Interessante é que ela nasce após a queimada, necessária para a sua sobrevivência.









Voltamos para a área do acampamento e esperamos o almoço bem tardio (15h) tomando banho na prainha do Rio Novo, já que teríamos que esperar a turma que saiu na segunda leva chegar no acampamento. A Korubo serviu tira-gostos na praia de rio, que chique! Claro que acompanhados de cervejas bem geladas. E pra terminar o dia, às 17h, estávamos dentro do rio Novo, de novo! Dessa vez para praticar o boia-cross. Muito bom e muito divertido!!


6º dia – Quarta-Feira, Dia 19/08/2015 Celebramos mais 1 ano da nossa união, nesse dia. E para materializar essa data especial entreguei uma lembrança SURPRESA para o meu AMOR, logo após acordarmos. Também é o dia do aniversário do meu filhão. Amo vocês! Com o caminhão consertado, (mais tarde veríamos que foi uma gambiarra ou gato, como queiram) partimos para as péssimas estradas do Jalapão, com destino aos últimos pontos turísticos, antes de regressarmos para Palmas. A Cachoeira da Velha e a prainha da Cachoeira da Velha. Dessa vez não tivemos tanta sorte de quebrarmos após os pontos de interesse e sim 20 km antes da fazenda que serve de apoio para a entrada da visita à Cachoeira. Já estava virando um novelão!! Já apostávamos se o caminhão iria quebrar antes os depois dos passeios.... Rir para não chorar!!

Essa fazenda serviu de ponto de fabricação e comércio de cocaína para Pablo Escobar. Hoje, foto abaixo, a fazenda está abandonada, depois de funcionar alguns anos como pousada.




De novo, faltou planejamento e ao invés de esperarmos pelo almoço na fazenda, poderíamos ter esperado após o banho de rio na prainha, lugar paradisíaco! Enquanto esperávamos, uma turista do nosso grupo até fez um desenho na parede:


E a Korubo enviou o caminhão que é utilizado normalmente só até Ponte Alta, para nos resgatar. Mas como o que vale são as atrações e não os perrengues, curta aí a Cachoeira Velha e a sua força :



Chegamos em Palmas novamente bem tarde, por volta das 22h. Comemoramos nosso niver no restaurante da Pousada dos Girassóis 2, acompanhados de um espumante nacional muito bom: Sunny Days!


7º dia – Quinta-Feira, Dia 20/08/2015 De passagem marcada apenas para a tarde, voo das 17:22 de Palmas para Brasilia, aproveitamos para dar uma malhada na sala de ginastica do hotel, afinal o regime de engorda da Korubo foi excelente e fizemos o check-out logo após o café da manhã. Saímos para um passeio na cidade de Palmas e fomos até a ilha Canela, no meio do Rio Tocantins. É um oásis para os moradores de Palmas enfrentarem o calor. O banho de rio dessa vez não pode ser comparado aos anteriores, mas pelo calor que fazia 38 graus, foi uma ótima pedida.



Almoçamos na ilha, filé de Pirarucu, muito bom e regressamos para Palmas. Deixamos o Jalapão e o Tocantins com um saudável gosto de boas lembranças na memória.



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