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Chapada dos Guimarães




“Chapada dos Guimarães é um município brasileiro no estado de Mato Grosso, pertencente a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá. Contando com uma área de 6 250 km², foi considerado o maior município do mundo em extensão territorial, devido ao seu território anterior com cerca de 270 mil km², ter sido desmembrado para origem de outros municípios. A Chapada tem vários atrativos turísticos: 46 sítios arqueológicos; dois sítios paleontológicos; 59 nascentes; 487 cachoeiras; 3.300 km² de Parque Nacional; 2.518 km² de Área de Proteção Ambiental; duas reservas estaduais; dois parques municipais; duas estradas-parque; 157 km de paredões; 42 imóveis tombados pelo Iphan; 38 espécies endêmicas.” Wikipédia.


Devido a essa imponente natureza, em 1989 foi criado o parque nacional que leva o nome do município. Distante cerca de 70 km da capital Cuiabá, a área é recheada de ecoturismo, tais como, cachoeiras, cavernas e trilhas. Sem dúvidas o destino merece pelo menos 3 dias para ser conhecido. Sendo assim, programamos passar esse número de dias por lá, na intenção de fazer três programas que seriam: Águas do Cerrado, o Circuito das Cavernas e a Cidade das Pedras.

No dia 07 de novembro, chegamos à Chapada e nos instalamos na Pousada das Orquídeas. Muito bem cuidada pelas proprietárias, a pousada é muito boa. Um pouco cara, mas pelo que pesquisamos, a hospedagem na cidade é assim.

Adoramos o café da manhã que elas preparam na hora, especialmente para você, com tudo fresquinho e caprichado.






Como chegamos quase às 15 h, pedimos logo uma sugestão de local para o almoço e nos sugeriram o mirante e restaurante Morro dos Ventos. O local é magnífico e vai muito além de um mirante sendo um complexo que além do restaurante, possui um mirante suspenso, belos jardins e lojas. Como é uma área particular, é necessário pagar 30 reais pelo estacionamento do carro. O mirante é show de bola, bonitão, com a vista para os paredões rochosos impressionantes. Já o almoço não valeu a pena, pois pagamos 200 reais (fora as bebidas e mais os 10 ou 15% do serviço) para um prato que servia duas pessoas com arroz, feijão, farofa, salada, peixe frito e cozido. Nada demais em termos de sabor, entretanto, caríssimo. Além disso, não nos foi falado que se almoçássemos ali teríamos um desconto ou a liberação da taxa do estacionamento. Enfim, como dica, vá para conhecer o mirante no por do sol e deixe o almoço para algum restaurante da praça principal da cidade.





O mapa das atrações turísticas na Chapada está abaixo para uma melhor localização dos atrativos. Repare que as Águas do Cerrado e o Circuito das Cavernas são afastados do centro:



No dia 08 fomos ao Circuito das Cavernas + Lagoa Azul. O guia de turismo é mandatório para realização de alguns passeios, especialmente esses que já citamos. Contratamos a guia Sibele, indicada pelo Pablo (marido dela), um dos guias mais recomendados do TripAdvisor.

Atenção que para o casal é cobrado o valor de 200 reais. Como fomos com mais duas pessoas no passeio das cavernas, a guia cobrou 70 reais por pessoa.

O circuito de cavernas passa por 3 cavernas, começando pela Aroe Jari (Morada das Almas significado do nome na língua indígena). É um dos passeios mais bonitos da Chapada dos Guimarães. Aroe Jari é uma caverna de arenito com 1.550 metros de extensão, a maior do Brasil. A trilha de 10 km (ida e volta) é bem agradável, pois boa parte é dentro da mata, onde se conhece um pouco da vegetação do cerrado brasileiro. Antes de iniciarmos a trilha recebemos perneiras e as orientações sobre a caminhada. A primeira parada é a Ponte de Pedra, bem fotogênica.






O segundo ponto de referência, depois de mais ou menos 2,5 km, é uma fonte de água para abastecer as nossas reservas. Antes da primeira caverna encontramos a pedra dos três apoios ou do equilíbrio e finalmente a fantástica entrada da Caverna Aroe Jari. Entrando cerca de 200 metros, é um breu só, porém a guia nos forneceu lanternas.









Depois passamos na Gruta da Lagoa Azul, que neste momento, pouco depois de 12 h ainda estava desbotada (rsrs), já que somente entre 14 e 15 h, e com a incidência do sol, ela se torna de uma cor bem azulada. Esta primeira parada na Lagoa foi para descanso e lanche. Dali fomos para a segunda caverna, Kiogo Brado (Ninho de Aves) e por fim, a caverna Pobo Jari (Morada das Águas).












Após contemplarmos a agora azulada Lagoa, regressamos de ônibus até o local de entrada, onde também almoçamos. A comida estava deliciosa. Depois do rango, ainda existe a opção de um banho na agua bem fria da Cachoeira do Relógio. Pagamos 140,00 pela entrada + 40,00 do almoço e 20,00 do ônibus, por pessoa. As opções do almoço e do ônibus foram boas escolhas, pois além de a refeição estar bem saborosa, economizamos uma boa caminhada de volta.








No trajeto de volta para a Chapada, assim como na ida, foi possível admirar as enormes plantações de algodão, que deixam a paisagem incrível, melhor ainda... mais perto do por do sol. Curta as fotos tiradas pela nossa guia.









Para o dia seguinte tentamos conhecer a Cidade das Pedras, porém os preços muito salgados nos impediram. Como não conseguimos compartilhar o passeio, gastaríamos 800 reais só pelo veículo 4x4, mais o valor do guia, totalizando um mil reais. Impraticável!!

Decidimos então conhecer as atrações que não dependem de guias. Aliás, esperamos que com a concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (PNCG), que deverá ocorrer a exemplo do que já aconteceu com a Chapada dos Veadeiros, serão realizados os investimentos necessários a fim de ampliar a visitação de turistas nacionais e estrangeiros.

Começamos o roteiro deste dia, sem guia, pela cachoeira Véu da Noiva, que fica dentro do parque, gerenciado pelo ICMBio. A entrada do PNCG está uma lástima. Em 2005 ainda entrava-se por um restaurante, bem próximo ao mirante, para a famosa cachoeira. A reforma da portaria, prometida para a Copa do Mundo de 2014, não saiu. O que se vê no local são tapumes e um contêiner, que serve de base para quem está cuidando da atual entrada. Falando nisto, infelizmente uma sucessão de obras que deveriam ter sido inauguradas para a Copa ficaram e ainda estão paradas. Na saída do aeroporto em Cuiabá, por exemplo, vimos com tristeza os trilhos abandonados do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).


Como o assunto aqui é ecoturismo, após uma breve caminhada da tal portaria, chega-se ao mirante da cachoeira. Mesmo com pouca água é muito bonita, por estar perto de paredões de arenito muito altos.

As águas do Rio Coxipozinho despencam a 86 metros. Não é permitido o banho, assim como nas demais cachoeiras do PNCG. Em 2020, o Parque anunciou que o Circuito das Sete Cachoeiras seria autoguiado, com agendamento. Vamos esperar! Por enquanto, ainda está fechado.

Importante ressaltar que o Circuitos das Cachoeiras é diferente do Circuito das Águas do Cerrado, que discorreremos mais adiante e foi o que visitamos.








Após o Véu da Noiva, conhecemos duas cachus bem charmosas: Maribondo e Geladeira. Ambas localizam-se em propriedades particulares, a cerca de 7 km da cidade. Paga-se uma taxa de R$10,00 de entrada por pessoa, em cada uma delas. Na Maribondo, você caminha aproximadamente 300 metros e chega na cachoeira, que por conta do período de seca, estava com pouca água, mas ainda assim, bonita. Seu poço é bem raso e com uma boa área para relaxar pegando um sol, ainda mais que éramos só nós dois... verdadeiro paraíso! A água estava bem fria. Já a Geladeira, faz jus ao nome, pois a água é realmente muito gelada. A trilha de aproximadamente 600 m de descida é um pouco íngreme. As duas são um pouco semelhantes e valeram a pena serem conhecidas. Ainda demos sorte e vimos um casal de araras no topo da Geladeira.










A simpática cidade onde está o PNCG é mais alta que Cuiabá (800 metros acima do nível do mar), tem um clima mais fresco à noite, especialmente no inverno, nosso caso. No centro, a praça no entorno da Igreja de Nossa Senhora de Sant’Ana de 1779 , reúne restaurantes, bares e lojas. À noite saímos para conhecer a referida praça, Dom Wunibaldo e tomarmos uma cerva bem gelada no bar Santos e em outro dia comemos na Pizzaria Margherita, muito boa pedida. Ainda na praça, almoçamos no Restaurante Garoa, um PF de respeito!



Deixamos para o último dia na Chapada o Circuito das Águas do Cerrado. Fomos com a guia Jô que conhecemos no dia do passeio para as Cavernas. Naquele dia, ela foi de carona no nosso carro devido a um problema na comunicação com os turistas, pois eles estavam em um carro de cabine pequena e ela teria que ir na caçamba. Como uma mão lava a outra, ela fez um preço camarada para o nosso passeio, já que estávamos somente em dois. Foi uma ótima guia, bem paciente e mostrou muito conhecimento da vegetação do cerrado, dos animais, plantações, enfim da sua área de atuação.


Como mostramos no mapa acima, é a atração mais distante da cidade, cerca de 60 km e é composto por oito cachoeiras, sendo algumas para banho e outras apenas para contemplação. O preço do circuito é vendido em conjunto com o almoço (muito bom) na casa do proprietário. O passeio custa R$ 60,00 (entrada) + R$ 40,00 (almoço). Em caso de ir de carro até a parte alta das cachus, é cobrado o valor de R$20,00 pelo estacionamento. Logo após a entrada, recebemos as perneiras, prevenção contra possíveis animais peçonhentos. O caminho até a parte alta possui uns 4 km de ida, se feito a pé, portanto leve muita água para não se desidratar. Nesse setor, as cachoeiras chamam-se: das Orquídeas, Pedra Encantada, Almas Gêmeas e Mistério.










Voltando para a entrada da Fazenda, fizemos o circuito da parte baixa e as cachus. São assim denominadas: Poço do Amor, Sossego, Coração e Cambará. A primeira parada é no Poço do Amor, que possui formato de coração e a água tem uma tonalidade esverdeada, muito show! Após o almoço conhecemos o casal de perus do dono, que são de estimação. Vimos uma "família" de galinhas dángola também, muito lindas.








Ainda no regresso para a cidade, passamos na cachoeira publica da Martinha.



Finalizando, cada vez que nós desvendamos mais um pedaço de natureza desse Brasilzão, ficamos mais perplexos com tamanha beleza e diversidade. A Chapada também se torna um destino muito atrativo para os amantes de ecoturismo pela proximidade da capital Cuiabá. Achamos que a cidade é a melhor entre as demais Chapadas, pela variedade de opções de hospedagens e de alimentação. Infelizmente a questão da exigência de um guia para muitos passeios tem a desvantagem do preço alto para grupos de família ou quando não se formam passeios compartilhados. Na nossa opinião, somente no passeio das Cavernas, se faz necessário. Assim regressamos para o Rio, novamente com conexão em São Paulo e chegamos em casa satisfeitos de poder voltar a viajar e curtir momentos tão agradáveis a dois.


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