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Da Nang e arredores



Já ouviu falar da Golden Bridge, famosa por ter como seu apoio mãos gigantes... e é a capa deste post?

 

Esta ponte é apenas uma das atrações em Da Nang e seus arredores. Atualmente, a cidade é a terceira maior do Vietnã com pouco mais de 1,1 milhão de habitantes (2019) e localiza-se bem no meio do país. Justamente devido a sua posição geográfica, foi um importante marco nas duas ultimas ocupações estrangeiras, primeiro pelos franceses quando a cidade foi utilizada como porto de chegada de missionários europeus e depois durante a Guerra do Vietnã quando foi utilizada como primeiro lugar de desembarque das tropas americanas.

 

Estivemos na cidade por três vezes e a seguir faremos um relato das principais atividades que fizemos visitando Da Nang e esperamos que sirva de guia na sua viagem pelo Vietnã.

 

Começamos pela praia. É uma boa faixa de areia quase branca situada em uma baía e é popular tanto para os moradores quanto para os turistas. A praia a que me refiro (My Khe) fica a leste do mapa e está localizada no distrito Ngu Hanh Son.



Escolhemos um hotel nesta praia e adoramos. Os preços das diárias daqui são um pouco mais elevados do que os da cidade onde moramos no Vietnã (Nha Trang), mas mesmo assim são bem mais em conta do que os preços de hotéis praticados no Brasil. Nossa experiência nesse hotel foi tão boa que o recomendamos com empenho. Trata-se do


A começar pela recepção no aeroporto com placa personalizada do meu nome e um motorista muito atencioso (Law Thiew). Foi cortesia do hotel. Fomos ainda, muito bem recepcionados pelo gerente: Sr. Khánh Nguyễn. Cabe uma ressalva especial para o mesmo, pois não somente organizou nossa programação na cidade, com esplêndidas visitas ao complexo Ba Na Hills, Monkey Mountains e Dragon Bridge, assim como o tempo todo da nossa estadia sempre esteve com um enorme sorriso no rosto. Não poderia deixar de mencionar todos os colaboradores do hotel, da recepção, restaurantes e portaria que sempre foram muito prestativos e atenciosos. Não fomos patrocinados, hem!



Pela primeira vez nas nossas inúmeras estadias recebemos um presente de um hotel. Minha esposa recebeu um par de brincos. Ficamos surpresos com tal ‘regalo’. O quarto, a piscina e o café da manhã são muito bons. A localização é simplesmente perfeita, pois fica a uma quadra da praia. Bem pertinho de restaurantes ocidentais muito bons, onde almoçamos uma autentica comida turca (Istambul Anatolian) e outro de uma saborosa cozinha mexicana (Adobo Mexican Grill).



Logo depois da instalação no hotel fomos curtir uma praia no final da tarde e constatamos os mesmos costumes de Nha Trang. Ou seja, os vietnamitas enchem a praia somente bem cedinho, antes mesmo de o sol nascer e no fim do dia, perto do por do sol. Concentram-se em grupos grandes! Muitos deles com várias boias salva-vidas (inclusive os adultos) e muita roupa para cobrir todo o corpo, afinal para eles, o padrão de beleza é a pele bem clarinha. Muito engraçado e diferente! Ficamos ali um tempão observando tudo e também vimos que a orla da praia é repleta de barzinhos, food trucks, enfim cheia de vida.




Voltando da praia curtimos um excelente lanche na piscina do hotel, incluso na diária hehê. Uma delícia!



Voltando a falar da Golden Bridge que custou perto de 2 bilhões de dólares, é uma ponte apenas para pedestres (como visto na capa), 1500 m acima do nível do mar e que em nossa opinião é um ‘MUST DO’ da relação de suas visitas na área.

Assistindo a um programa de TV, chamado Grandes Viagens Ferroviárias, vimos a exuberância do complexo Ba Na Hills e descobrimos que essa ponte ficava lá. Decidimos então ir conhecer o lugar. Como este fica a 35 km do centro de Da Nang, sugerimos contratar um tour ou ir de Grab (aplicativo mais utilizado no Sudeste Asiático). Sugerimos ir cedo devido a enorme variedade de coisas pra fazer e ver por lá, além de evitar uma longa fila para o ingresso. Na chegada ao gigantesco estacionamento dá pra se ter uma noção da grandeza do local. A primeira atividade é embarcar em um ônibus do complexo que nos conduz até o local de partida do teleférico. Eram filas enormes, mas como são 5 linhas de bondinhos não demorou muito pra acessarmos o ‘cable car’ que é um show a parte com quase 6 km de extensão  e que leva cerca de 30 minutos pra chegar até o topo.

Você vai se encantar pela natureza verde e uma vista deslumbrante!






 

“The Ba Na Cable Car, opened on 29 March 2013, holds the world record for longest non-stop single track cable car at 5,801 metres in length. It was ranked by CNN as one of the 10 most impressive cable car infrastructure systems worldwide, comprising 5 routes. Capacity may hit 6,500 passengers/ hour.” Internet.

 

Dentro do complexo Ba Na Hills tem várias atrações. Além da Golden Bridge, destacamos a réplica de uma vila francesa, vários restaurantes e inclusive hotéis. Vimos algumas pessoas carregando malas e depois pesquisando na internet, lemos que existe a opção de hospedagem no topo da colina. Pela manhã rodamos bastante pela vila e assistimos a dois shows que rolam pelas ruas:



“French Village at Sun World Ba Na Hills is a replica of classical and romantic France in our fantasy, through a string of peculiar architectural clusters: the square, cathedral, town, village and inns… Travelers to the French Village seem to jump the time machine and get carried back to the sophisticated and elegant life in one of the oldest countries of the world”. Internet


 

O nosso plano inicial era de ficar em Ba Na Hills até as 14 h e seguir para outras atrações no mesmo dia. Mudamos de plano pela quantidade de coisas que tem para fazer e ver nesse lugar incrível e decidimos ficar até mais tarde, almoçando por lá mesmo. Escolhemos um rodizio de comida japonesa. Ainda fomos ao Jardim do Amor e ao Caveu Debay Wine Cellar, este ultimo indicação do nosso motorista. A adega é fraca. Só valeu mesmo pela dose de vinho que bebemos rsrs!



Finalizamos o dia assistindo do ‘rooftop’ do hotel, uma competição internacional de queima de fogos que acontecia no parque ao lado da ponte do Dragão, um pouco afastada, mas mesmo assim, deu pra ver.



No dia seguinte pegamos uma praia em frente ao hotel, só que desta vez no nosso horário habitual e curtimos a água, bem morninha e limpa. Fiz até um ‘parasailing’, muito bom!

 

Por volta das 17 h, saímos do hotel para visitar a Monkey Mountains e a sua Lady Buda, uma estatua de 67 metros de altura que homenageia Kuan Yin, uma divindade muito iluminada e venerada pelos budistas. Entretanto, bem pertinho do local, o trânsito estava parado para passagem do comboio de uma autoridade da Coreia do Sul. Quase uma hora depois, desistimos de esperar e fomos visitar a Ponte do Dragão.



No caminho para a ponte aproveitamos para conhecer o “Night Market” que acontece bem próximo a cabeça do Dragão. Muitas barracas de comida e frutos do mar:  




E também passamos pelo Templo Chùa An Phước. Sabe-se que ele foi construído por moradores locais há mais de 400 anos.



A Ponte do Dragão tornou-se um importante símbolo de Da Nang. É uma das pontes com arquitetura bem singular, que lembra um dragão da Dinastia Ly. Foi uma surpreendente atração na cidade, principalmente à noite. Ela tem 200 metros de comprimento, ligando o centro histórico à região das praias e foi inaugurada em 2013. Se você estiver em Da Nang durante o final de semana, não deixe de visitar a Ponte do Dragão às 21h para vê-la ganhar vida, espalhando fogo e água pela boca. A água vai a 30 metros de distancia. Pena que este espetáculo só acontece nos ‘findi’. Imperdível!




Fizemos também o nosso cadeado do AMOR com os nossos nomes e colomos na ponte, como manda a tradição.





Como está escrito no titulo do post, Da Nang e arredores, passeamos por várias atrações localizadas por perto da cidade. Pouco menos distante do que Ba Na Hils, fica Hoi An.

Essa cidade fica em torno de 30 quilômetros ao sul de Da Nang, sendo eleita por muitos como a cidade mais bonita do Vietnã. Olha que é páreo duro escolher a melhor, mas se não for, é certamente uma das mais bonitas, além de ser muito charmosa. Ela é especialmente encantadora pelo centro histórico bem preservado, cortada por canais e marcada por muitas cores, com destaque para os prédios amarelos e com suas ruas estreitas adornadas com muitas lanternas. Muitas! Se você não está planejando ficar em Hoi An ou não está com tempo sobrando, então um bate-volta é compulsório. O relato da nossa estadia na cidade das lanternas, em 2017, está aqui no blog.... Aí abaixo são fotos dessa nossa última vez na cidade.



Desta vez, não pernoitamos em Hoi An. No caminho para chegar lá fizemos um tour chamado “basket tour” e foi fantástico. Os ‘basket boats’ são um tipo de embarcação típica no Vietnam e muito utilizada pelos pescadores locais, auxiliando-os na entrada e saída do barco principal, como utilizamos os barcos infláveis ou mesmo as pequenas canoas.  Este passeio é oferecido por várias agências online. Outra opção é ir direto para Coconut Island e negociar com os locais. Contratamos este aqui abaixo da Viator, em torno de 40 reais por pessoa e foi um 'must do' na área.



 "Os barcos de cesta são feitos de bambu e folhas de palmeira usando um processo meticuloso que é verdadeiramente uma forma de arte. Podem ser necessários vários dias de mão de obra qualificada para construir apenas uma dessas embarcações circulares. Um passeio de barco de cesta em Hoi An é uma experiência excepcional e inesquecível, que permite vislumbrar o modo de vida tradicional dos pescadores vietnamitas. 

Estes barcos, fabricados com materiais naturais e uma técnica centenária, são um símbolo da cultura vietnamita e um testemunho da engenhosidade e desenvoltura das pessoas que os construíram. O segredo da sua flutuabilidade está na aplicação de uma mistura especial de resina e alcatrão, que não só impermeabiliza o barco, mas também o protege dos elementos agressivos da água. Curiosamente, algumas pessoas disseram que o barco cesto  foi introduzido pela primeira vez no Vietnã durante o período colonial francês, como forma de evitar impostos excessivos sobre a propriedade do barco. Os franceses acreditavam que um barco-cesto não era um barco, mas sim um cesto e, portanto, não tributava o proprietário do barco-cesto. Hoje em dia, os barcos de cesto tornaram-se parte integrante da cultura piscatória vietnamita e ainda são utilizados pelos pescadores locais em Hoi An. 



O melhor lugar para você experimentar andar de barco-cesta em Hoi An é a floresta de coqueiros de Bay Mau . Localizada na vila de Cam Thanh, a apenas 7 km do centro da cidade. Esta floresta é um destino obrigatório para quem deseja explorar as belezas naturais do Vietnã. Os barcos têm diâmetro de aproximadamente dois metros, proporcionando amplo espaço para seus pertences, calçados, câmera e outros itens essenciais. No entanto, a maioria dos operadores de barcos permite apenas um máximo de dois passageiros adultos a bordo, embora possam abrir exceções para uma ou duas crianças pequenas.



Após o embarque na margem do rio, você passeará por um labirinto natural de canais e coqueiros. Ao longo do caminho, você encontrará a singular palmeira nipa, o único membro da família das palmeiras que se adaptou com sucesso aos ecossistemas de mangue. Os pilotos dos 'basket boats' navegam habilmente em suas embarcações, sacudindo-as e girando-as com precisão para oferecer um desempenho verdadeiramente envolvente que deixa o público maravilhado". Além de navegar pelo rio, o barqueiro ainda pesca um cavalo marinho para vermos e depois de vários cliques e selfies o retorna para o rio. Inesquecível! 



 


Quanto tempo ficar? 

Da Nang é usado como um trampolim para as antigas cidades vizinhas de Hue e Hoi An, mas você notou que vale a pena explorar a cidade por si só... não vai se arrepender. Recomendamos 2 dias inteiros, no mínimo.

Outra possibilidade seria a de visitar Hue, cidade histórica, marco da Guerra do Vietnã e antiga capital do Império, mas esta fica um pouco mais distante, em torno de 2 horas. Por isso, sugerimos visita-la em outra oportunidade, afinal essa cidade merece um passeio exclusivo! Aqui no blog temos um post sobre Hue.

 

Qual a melhor época para visitar Da Nang?

A cidade é afetada pelo clima tropical de monções, com temperatura média anual de 25 graus Celsius. Existem duas estações distintas: a estação seca, de janeiro a julho e a estação chuvosa, de agosto a dezembro.

Portanto, a época ideal para viajar para Da Nang é de janeiro a julho, sendo que o pico de visitação é de fevereiro a maio. Mesmo período ideal para conhecer a cidade onde moramos: Nha Trang.  

 

Espero que este nosso guia de viagem possa ter lhe ajudado a planejar sua viagem e, sem dúvida, você vai adorar tanto quanto eu e minha amada esposa. 


Nos vemos no próximo post!


 

 

 

 

2 Comments

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Joao Belo
Joao Belo
Mar 13
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Arrasou mi amor. You nailed it!

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Obrigada! Você é quem merece muitos aplausos! 😍

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