Quioto
- Trilhas e Milhas H2O

- 16 de set.
- 10 min de leitura

No nosso quinto dia de Japão rumamos para Quioto.
Mas antes de seguir gostaríamos de enfatizar que guardaremos para sempre as lembranças do casal H2O em Tóquio, com tudo que vimos e sentimos.
Sabemos que será difícil voltar e deixamos a capital com a sensação de que ainda há muito a ser explorado e descoberto.
A cidade nos cativou com sua energia contagiante, sua organização extrema em meio a tanta gente, sua cultura rica e diversificada e os toquiotas sempre dispostos a ajudar, com um sorriso no rosto e uma educação que nos tocou profundamente.
Partimos então para a próxima cidade... com o coração aberto e sedentos por novas descobertas.
Quioto, a antiga capital do Japão, é um destino imperdível para qualquer pessoa que visite o país. Uma das melhores formas para chegar lá é através do famoso trem-bala japonês ou Shinkansen.
Nossa aventura começou em Tóquio, onde embarcamos no trem. A experiência por si só já é algo único, com o trem deslizando em alta velocidade pelos trilhos, proporcionando paisagens deslumbrantes ao longo do caminho.
Demos sorte, mais uma vez e avistamos o Monte Fuji com sua majestosa beleza!
Duas dicas:
1-Compre o trem-bala com antecedência para não ser surpreendido na hora. Existem diversos sites especializados em vendas de passagens de trem-bala, como o Japan Rail Pass (https://japanrailpass.net/en/purchase/price/) ou o
Klook (https://www.klook.com/japan-rail/).
Você pode pesquisar os horários e preços, comparar as opções e comprar as passagens online de forma fácil e segura. Nós optamos por comprar no balcão de informações da JR pass na estação de Shinjuku.
2-Se você vai de Tóquio para Quioto, sente-se do lado direito do trem para poder avistar o Monte Fuji.
Em pouco mais de duas horas, chegamos a Quioto. Percorremos mais de 500 km com velocidades que ultrapassam 300 km/h.
Olha só o nosso lanchinho que compramos no caminho... Muuuiittoooo bom!
Aliás, o Japão é uma festa para os amantes de KitKat (como a minha mulher). Tem de todo tipo. Ela ficou doidinha com tanta opção. Dá só uma olhada...
A cidade nos recebeu com sua atmosfera encantadora, uma mistura perfeita de tradição e modernidade. É um verdadeiro tesouro cultural, com seus templos milenares, jardins zen e paisagens naturais exuberantes.
Durante a nossa estadia na cidade, exploramos os principais pontos turísticos, como o famoso templo Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado), o templo Fushimi Inari-taisha, o charmoso bairro de Gion, conhecido por suas gueixas, o templo Kiyomizudera, o Mercado Nishiki e a majestosa Floresta de Bambu de Arashiyama.
Nos hospedamos no Hotel Androoms bem perto da estação central da cidade. Veja o nosso review e a resposta deles, muito profissional.
The hotel Androoms is very good. It is located very close to Kyoto central station and this factor is very functional, as it makes our life as a tourist in the city much easier. The room is very good, with a smart toilet and a great shower. Breakfast has only two options to choose from, the same every day. We don't like this and the very hard pillow, as well. The TV is a nightmare as it only has 11 channels in Japanese and there is no Netflix or YouTube. The highlight is the washing machine on the ground floor and the public bath here called onsen with natural thermal waters. In any case, we recommend the hotel.
"Obrigado pelos seus comentários atenciosos sobre a sua recente estadia no Androoms Hotel. Estamos muito satisfeitos em saber que nossa localização perto da Estação Central de Kyoto foi conveniente para você e que você desfrutou do conforto do seu quarto, especialmente do banheiro e do chuveiro inteligentes. Agradecemos sinceramente seus comentários sobre o café da manhã e os travesseiros e certamente levaremos isso em consideração para melhorias futuras. Entendemos que variedade e conforto são importantes. Lamentamos também que as opções de TV não tenham correspondido às suas expectativas. Trabalhamos continuamente para melhorar a experiência de entretenimento no quarto e sua opinião nos ajuda a fazer os ajustes necessários. Ficamos felizes em saber que você gostou do banho público e das máquinas de lavar, que também são alguns dos nossos recursos favoritos. Mais uma vez, obrigado por compartilhar sua experiência. Valorizamos o seu feedback e estamos felizes que, apesar dos pequenos inconvenientes, você ainda recomende o hotel. Esperamos recebê-lo de volta em breve."
Mais para frente vamos contar um episódio "traumático" e marcante que aconteceu conosco nesse hotel...
Começamos visitando o Mercado Nishiki.
Ao adentrá-lo, você se deparará com um labirinto de ruas estreitas, ladeadas por barracas e lojas que exibem uma variedade impressionante de alimentos. Frutas frescas e coloridas, legumes exóticos, peixes e frutos do mar frescos, carnes de alta qualidade, doces tradicionais, conservas, especiarias e muito mais.
Outra visita marcante é o templo Kiyomizudera. Localizado nas colinas verdejantes da cidade, esse templo budista icônico oferece uma vista panorâmica deslumbrante, além de uma arquitetura impressionante e uma atmosfera de paz e serenidade.
Fundado no século VIII, o Kiyomizu-dera ("Templo da Água Pura") é um dos templos mais importantes do Japão. Seu nome deriva das águas puras da cachoeira Otowa, que fluem nas proximidades.
O templo é dedicado a Kannon, a deusa da misericórdia e é um local de peregrinação popular para budistas. A arquitetura do templo é um exemplo notável do estilo tradicional japonês, com seus telhados curvos, cores vibrantes e detalhes intrincados. Um dos destaques do templo é o palco de madeira suspenso, que se projeta da encosta da montanha e oferece uma vista panorâmica espetacular de Quioto.
Depois do "choque" ao conhecermos o Templo Kiyomizudera, foi a vez de nos encantarmos com outro templo...
O templo Fushimi Inari-taisha é uma experiência inesquecível e um dos santuários mais emblemáticos e fotografados do Japão.
Conhecido por seus milhares de portões torii vermelhos vibrantes, este santuário xintoísta oferece uma jornada mística e fascinante através de túneis e trilhas que serpenteiam a montanha Inari. É um local de peregrinação muito popular para os que visitam Quioto.
Os portões torii, em sua maioria, são doações de famílias abastadas, empresas e indivíduos. Cada um dos milhares de portões torii que adornam o santuário é um presente de gratidão a Inari, o deus da agricultura e do comércio, por bênçãos recebidas ou um pedido de prosperidade futura. Os doadores inscrevem seus nomes e a data da doação nos portões, que se tornam parte da paisagem e da história do santuário.
Conseguimos tirar boas fotos e videos no local:
O planejamento para o dia seguinte seria continuar na linha dos templos, por isso escolhemos o famoso Kinkaku-ji, que é um templo budista zen.
História: O Kinkaku-ji foi originalmente construído em 1397 como a vila de descanso do xogum Ashikaga Yoshimitsu. Após sua morte, o local foi convertido em templo zen da seita Rinzai, recebendo o nome oficial de Rokuon-ji.
Arquitetura:O edifício principal é um pavilhão de três andares coberto de folhas de ouro em suas duas últimas camadas.
1º andar: estilo de palácio imperial.
2º andar: estilo samurai.
3º andar: estilo zen, com uma fênix dourada no topo.
Paisagem:O pavilhão fica em frente a um lago chamado Kyōko-chi (“Lago do Espelho”), que reflete o templo de forma deslumbrante, especialmente em dias claros. O jardim ao redor segue o estilo japonês clássico, projetado para contemplação e harmonia com a natureza.
Incêndio e reconstrução:O Kinkaku-ji já foi destruído várias vezes por guerras e incêndios. O caso mais famoso ocorreu em 1950, quando um monge o incendiou deliberadamente. A versão atual é de 1955, mas fiel à original.
Patrimônio Mundial:Em 1994, o Kinkaku-ji foi inscrito na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO como parte dos “Monumentos Históricos da Antiga Quioto”.
Experiência da visita:Hoje, o templo não pode ser visitado por dentro, mas os visitantes passeiam pelos jardins, admirando o reflexo dourado no lago, e terminam a visita tomando chá verde em uma casa de chá tradicional.
Demos sorte e pegamos um dia lindo, com céu azul!
Só que não foi tão fácil assim... kkk
A ideia era simples: pegar o trem em Quioto e ir conhecer o famoso Pavilhão Dourado. Mas o Japão tinha outros planos pra gente. Em vez de ouro, ganhamos uma viagem surpresa até Tsuruga, a mais de 80 km de distância. É como sair pra comprar pão e acabar em outra cidade — literalmente. 😅
Entramos no trem errado, e claro, não era qualquer trem: era uma linha direta, sem paradas, que não dá nem tempo de pensar “será que descemos aqui?”.
Quando percebemos, já estávamos sendo levados gentilmente, e sem opção, para o outro lado do mapa.
Pra completar a ironia, fomos no trem comum na ida — devagarinho, quase de propósito — e na volta resolvemos caprichar: voltamos de shinkansen, o trem-bala, porque se é pra errar, que seja com estilo. 🚄✨
No meio dessa confusão, apareceu o trocador mais simpático do Japão, que nos salvou com um sorriso e a paciência de santo. Sem ele, talvez até hoje estivéssemos caçando o Kinkaku-ji em Tsuruga.
Virou uma daquelas histórias de viagem que a gente não esquece nunca. Quem precisa de roteiro quando o trem resolve improvisar por nós? 😂
Saindo do Pavilhão Dourado fomos conhecer Gion, localizado às margens do Rio Kamo. Esse local preserva a atmosfera de um antigo bairro de entretenimento, com suas casas de chá tradicionais, restaurantes requintados e lojas de artesanato. É neste bairro que você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura das gueixas, mulheres artistas que dominam a arte da dança, música e conversação.
Passeamos pelo bairro, mas óbvio que não vimos as gueixas, pois é muito difícil vê-las. Aproveitamos e almoçamos um sanduba de primeira no Hard Rock de Quioto.
Falando em comida, como dissemos anteriormente, fomos a um churrasco de Wagiu bem pertinho do hotel. Muito bom, assim como um restaurante de sushi em esteira na própria estação de Quioto.

Outra atração imperdível em Quito é a Floresta de Bambu de Arashiyama.
É um daqueles lugares que parecem ter saído de um sonho. 🌿✨
Caminhar pelo corredor formado por bambus gigantes, que chegam a mais de 20 metros de altura, é uma experiência quase mágica. A luz do sol se infiltra entre as folhas, o vento balança suavemente os troncos e o som deles se tocando foi até reconhecido pelo governo japonês como um dos “100 sons do Japão que devem ser preservados”.
O trajeto não é longo — são uns 500 metros —, mas cada passo é uma descoberta.
É verdade que costuma ficar cheio de turistas, por isso vale madrugar para curtir o espaço com mais calma.
E não é raro se deparar com os jinrikisha, aqueles carrinhos puxados por homens vestidos com trajes tradicionais, que conduzem visitantes pela floresta como se fosse uma viagem no tempo.
Além da trilha de bambus, Arashiyama guarda outros tesouros que valem a visita: a charmosa Ponte Togetsukyo, o belíssimo Templo Tenryu-ji, considerado Patrimônio da Humanidade, e até passeios de barco pelo Rio Hozu. É um lugar que combina natureza, tradição e poesia em cada detalhe.
Agora vamos contar 2 furadas (além do trem errado que pegamos rsrs) nessa cidade! Vivemos momentos de tensão, aflição e até pânico. Vocês acham que viajar só dá bom??!!!! Nananinanãoooo rsrs
1- A maior furada foi quando a minha amada mulher acionou um botão na parede do corredor, no nosso andar do hotel. Estava tão convidativo para pressioná-lo... Parecia uma caixa de som da Panasonic. Para completar o corredor era na penumbra, todo transado e moderno, tipo boate kkkk. Era uma verdadeira tentação.
A Carla viajou na maionese e disse que achou que fosse um "aparelho de som".
O que será que era????? Chuta aí...
Este incidente nos proporcionou uma história hilária (agora que já passou!).
Imaginem a cena: 8 da manhã, prontos para o café da manhã, e de repente... um alarme de incêndio ensurdecedor invade o hotel!
No começo, ficamos paralisados, sem saber o que fazer. O som era tão alto que parecia que estávamos em um filme de catástofre!
Logo, outros hóspedes começaram a sair dos quartos, vestindo pijamas, alguns até em pânico. Tentamos explicar que era um alarme falso, mas o barulho era tanto que mal conseguiam nos ouvir.
Para piorar a situação, o elevador parou de funcionar, o interfone do corredor também e a recepcionista, coitada, teve que subir as escadas correndo até o quarto andar para tentar desligar o alarme. Mas nada funcionava! Parecia que o alarme tinha vida própria! Ela estava com um manual nas mãos, mas estava tão nervosa que nada resolvia. Até uma pinça ela nos pediu rsrs
Pouco tempo depois, eis que surgem os bombeiros, com aqueles uniformes que mais pareciam de astronautas! O corredor ficou cheio deles. A tensão era palpável, afinal, estávamos no Japão, um país com histórico de muitos terremotos e tsunamis gigantes!
Enfim, chegou a polícia e pensamos que ali acabaria a nossa viagem... Depois de muito tempo o alarme foi desligado e os bombeiros pegaram os dados dos nossos passaporte.
Tentamos nos comunicar (difícil, pois o inglês deles é básico) e nos explicar, até que eles se convenceram que foi realmente uma "cagada feia", que não foi intencional. Além disso, não tinha nada escrito em Inglês (língua universal para turistas, já que se tratava de um hotel) que pudéssemos identificar o dito cujo... Aproveitamos para reivindicar esse alerta!
Pedimos um milhão de desculpas e depois que foram embora desabamos, afinal achamos que fôssemos direto para a delegacia e da delegacia para o Brasil...deportados!
2- Em nossa epopéia por Quioto, um novo capítulo tragicômico se desenrolou durante uma simples viagem de ônibus. Como o meu cartão Suica estava sem créditos, pagamos a passagem anterior com moedas, depositando-as no contador ao lado do motorista, sem nenhum problema.
No entanto, a corrida seguinte nos reservava uma surpresa. Em um momento de distração, já para descer do ônibus, ao invés de moedas, inseri uma nota de 5 ienes no coletor das moedas! A maquininha ficou doida kkk embolou a nota toda e entupiu o buraco para colocar as moedas. A fila atrás de nós começou a se formar e como os ônibus são pontualissímos o motorista, sem perder a pose e sem alterar a voz, nos mandou descer imediatamente!
Ainda me lembro da expressão de espanto do motorista ao presenciar a cena.
Espero que, ao final do dia, durante a coleta, a cédula não tenha sofrido nenhum dano.
Assim encerramos as nossas aventuras em Quioto.
No dia 28 de janeiro de 2025, fomos de ônibus até o aeroporto de Osaka, que serve as duas cidades e de lá voamos até Honk Kong, nosso próximo destino.
Quioto nos presenteou com experiências únicas e inesquecíveis!
É claro que nem tudo foram flores. Tivemos nossos momentos de "perrengue", como o alarme de incêndio que nos deu um susto daqueles logo pela manhã, o trem perdido que nos levou para uma aventura inesperada em Tsuruga, e a nota de 5 ienes depositada no contador de moedas do ônibus.
Entretanto, no final das contas, foram justamente esses perrengues (incluindo o hospital em Tóquio) que tornaram a nossa viagem ainda mais memorável e divertida. Afinal, as melhores histórias são aquelas que nos fazem rir e aprender com nossos erros. Nada disso ofuscou o país ou o classificou como um destino irrepreensível. Pelo contrário, avivará eternamente as lembranças do casal H2O (Te amo mi amorr).
Japão, obrigado por nos receber de braços abertos e nos proporcionar tantos momentos mágicos e felizes!!
E você, gostou? Compartilhe suas impressões e experiências nos comentários!
Não deixe de nos seguir no Instagram, para mais aventuras e dicas de viagem @livingvietnam_h2o







































































































































arrasou mi amorrrr
Uaaau qta história pra contar.....boa e ruim hehehe